20 outubro 2009

Woody Allen


Acabo de ler um calhamaço de mais de 400 páginas de um livro chamado "Conversas com Woody Allen". Gosto dele desde fim da década de 70, quando vi seus primeiros filmes. Passei um período meio sem paciência de acompanhá-lo, quando achava que suas histórias eram muito distantes de minha realidade.

Devo admitir que, agora, novamente volto a admirar seu trabalho. Acho que meu amadurecimento ajuda muito nisso. O cara é uma figura diferente. Especialmente, por ser americano e não se encaixar no mainstream. Não faz concessões aos produtores de Hollywwod e nem foi receber o Oscar que ganhou por "Noivo Neurótico Noiva Nervosa". Reza a lenda, que ele preferiu ir tocar clarineta com os amigos no Blue Note. Ele diz que não lê as críticas e não dá a mínima para elas, sejam boas ou más.

Não é todo mundo que gosta dele. Eu lembro de algumas passagens de seus filmes que ficarão para sempre na minha memória. O filme "Zelig", por exemplo, o protagonista adapta-se ao ambiente em que ele se encontra. Um verdadeiro camaleão humano. Fica negro quando toca com músicos de jazz, gordo e de bigode em um restaurante grego, e por aí vai. É um falso documentário muito bem bolado. E em preto-e-branco. Misturando imagens reais de Hitler, por exemplo, com novas tomadas atuais. Quem de nós não se adapta a uma circunstância quando necessário? No caso dele, era patológico. Genial.

Lembro-me de um personagem, interpretado por Robin Williams, de um outro filme que era fora de foco. Sim, ele ficava embaçado e os seus colegas eram nítidos. E ele achava que os outros que eram embaçados. Quem de nós já não se sentiu assim também?

Outro falso documentário é "Poucas e Boas", onde ele conta a vida de um violonista dos anos 30 ou 40, interpretado por Sean Penn, que é o segundo melhor do mundo. Só perde para Django Reinhardt, o cigano belga, este de fato existiu. As músicas são outro ponto forte de seus filmes, a meu ver.

Aos poucos vou começar a rever seus filmes mais antigos e certificar que as marcas que eles deixaram em mim ainda permanecem. Os mais recentes, vide "Vicky Cristina Barcelona", causaram ótima impressão.


Ainda bem que acabou...

Ainda bem que a semana passada acabou. Não lembro de ter tido dias tão estranhos em minha vida. E olha que já passei por mais de duas mil semanas nessa passagem pela Terra. Tive dor de garganta, dor de cabeça, mal-estar, noites maldormidas, muito trabalho, meu 'estressômetro' esteve a ponto de estourar. Fiquei ranzinza, impaciente, desanimado, mal-humorado... Coitada da patroa e do menino... Já pedi desculpas a ambos.
Tudo melhorou no sábado. Parece coisa de magia. De repente, à tarde, comecei a me sentir melhor e voltei ao meu normal. Geralmente, no final do ano, as pessoas ficam assim, meio diferentes mesmo. Só que achei que foi muito cedo. Ainda estamos em outubro!
'Bora. Ainda temos muita lenha para queimar...

10 outubro 2009

40 anos de Abbey Road

Fui convidado pelo pessoal do portal Beatles Brazil para dar um depoimento sobre a passagem do 40º aniversário de lançamento do disco Abbey Road. Tem gente do Brasil todo, ficou bem interessante. Eis o resultado:

08 outubro 2009

Beatles na moda, de novo


Excelente matéria publicada pela revista Exame, escrita por Renata Agostini, analisando o fenômeno de vendas proporcionado pelos Beatles, nos dias de hoje. É grande, porém interessante para quem gosta do assunto:

"A Construção de uma Marca Eterna

Num ano marcado pela morte de Michael Jackson, em que as melhores esperanças da combalida indústria fonográfica estavam depositadas na enorme procura por seus álbuns e coletâneas, os Beatles surgem para bater todos os recordes de vendas de CDs. Sim, 40 anos após seu término, a banda formada por Paul, John, George e Ringo, os quatro garotos de Liverpool, mostra que continua a ser uma das marcas mais poderosas do planeta. O nome Beatles e tudo o que ele representa -- rebeldia, revolução, qualidade e inovação -- ainda hipnotiza a geração de filhos e netos de seus primeiros fãs.
Em meados de setembro, a banda chegou ao topo da lista dos álbuns mais vendidos da revista americana Billboard, principal indicador de vendas de discos nos Estados Unidos e termômetro da indústria fonográfica mundial. O lançamento dos 14 álbuns dos Beatles em versão remasterizada, a cargo da EMI, detentora dos direitos, levou milhões de consumidores às lojas. Em cinco dias, 2,3 milhões de cópias de CDs simplesmente desapareceram das prateleiras. A procura fez com que os Beatles tivessem cinco entre os dez álbuns mais vendidos do ranking geral da Billboard, batendo a marca do próprio Michael Jackson (que tem três discos entre os dez mais vendidos do ano) e de estrelas populares, como o rapper Jay-Z e a cantora Beyoncé. Simultaneamente ao lançamento dos CDs, a emissora MTV e a distribuidora Viacom lançaram o Beatles Rock Band, videogame adaptável a vários tipos de console, que, em apenas uma semana, entrou para o grupo dos cincos jogos mais vendidos nos Estados Unidos, na Europa e no Japão. A expectativa é que sejam vendidos 5 milhões de cópias do game até o fim do ano. "Ninguém ignora que os Beatles são provavelmente a marca musical mais forte que já houve, mas a capacidade de renovar seu apelo comercial sempre surpreende", diz Luiz Garcia, gerente de marketing estratégico da EMI Brasil, responsável pela distribuição dos álbuns da banda no país.
Quase ninguém discorda de que há um abismo de qualidade entre a produção musical dos Beatles e do rapper Jay-Z, mas não é só isso que faz de John Lennon, Paul McCartney, Ringo Starr e George Harrison ícones da música até hoje. Há muito marketing -- bom marketing -- por trás da marca Beatles. Uma das táticas para preservar sua mística é manter longos hiatos entre cada leva de lançamentos de produtos que recebem a grife. Desde que os quatro músicos se separaram, em 1970, houve apenas quatro grandes "ondas". Em 1987, lançaram seus álbuns em CD -- depois que as outras grandes bandas, como Rolling Stones e Pink Floyd, já haviam feito a digitalização de suas músicas. O segundo grande lançamento só veio em 1995. Batizado de Anthology, o projeto reuniu os ex-integrantes Paul McCartney, Ringo Starr e George Harrison para a gravação de três álbuns com músicas inéditas deixadas por John Lennon, assassinado 15 anos antes. Em 2000, lançaram o álbum Beatles 1, a primeira coletânea de grandes sucessos do grupo. A procura foi tão grande que o CD entrou para o Guinness Book como o álbum que vendeu mais cópias no menor espaço de tempo em toda a história: 13,5 milhões de cópias no primeiro mês. "Esse é o tempo do amadurecimento de uma geração", diz Alejandro Pinedo, diretor-geral da consultoria Interbrand no Brasil. Para Pinedo, trata-se de uma estratégia semelhante à adotada pela Disney na exploração comercial de seus clássicos. A empresa criada por Walt Disney costuma dar um intervalo de sete anos entre os lançamentos de novas versões de desenhos como Cinderela ou Branca de Neve. Na prática, ao programar esses intervalos, os Beatles conseguem renovar constantemente sua legião de fãs. Uma pesquisa feita nos Estados Unidos e divulgada em agosto pelo Pew Research Institute, especializado em comportamento, mostrou que os Beatles estão entre as quatro bandas favoritas por gente de todas as faixas etárias. A pesquisa também constatou que os Beatles estão em segundo lugar entre os astros pop mais admirados por jovens de 16 a 25 anos, logo atrás de Michael Jackson.
Além de estratégica, a demora para levar novos produtos ao mercado tem uma explicação, digamos, menos nobre. Segundo o americano Bill Stainton, autor do livro 5 Best Decisions the Beatles Ever Made ("As cinco melhores escolhas que os Beatles fizeram", numa tradução livre), sobre o modelo de negócios da banda, a complexa rede de autorizações necessárias para o fechamento de cada contrato é outro fator que define a velocidade dos lançamentos. Além dos ex-Beatles e de seus herdeiros, executivos da Sony/ATV (dona do catálogo com as músicas da banda) e da EMI (que detém o direito de distribuição dos álbuns) precisam avaliar cada proposta. "É muita gente para entrar em acordo", diz Stainton. Para que as decisões desse grupo sejam respeitadas, foi preciso criar uma rede de proteção com severas restrições ao uso da marca e uma afiada equipe de advogados. Os ex-Beatles vivos, Paul McCartney e Ringo Starr, e as viúvas Olívia Harrison (de George Harrison) e Yoko Ono (de John Lennon) não permitem a inclusão de músicas da banda em coletâneas com outros artistas, e a marca não pode ser vinculada a campanhas comerciais de produtos que não os dos próprios Beatles. Também são vetadas promoções com os discos da banda -- até hoje eles são vendidos com preços de álbuns novos.
Essas restrições já renderam aos representantes dos Beatles longas batalhas judiciais contra empresas como Nike e Apple. Em 1987, a Nike foi processada pela banda por utilizar a música Revolution num comercial de TV. Os ex-integrantes da banda não haviam sido consultados e cobraram 15 milhões de dólares na Justiça. O comercial saiu do ar e chegou-se a um acordo (o valor jamais foi revelado). Com a empresa de Steve Jobs a pendenga foi mais longa e muito mais cara. O motivo era o nome Apple, que batizava a empresa criada por Jobs em 1976 e também a empresa dos Beatles, fundada oito anos antes, a Apple Corps. Depois de 25 anos de briga, o caso foi resolvido -- de acordo com o noticiário da época, Jobs teve de desembolsar mais de 500 milhões de dólares.
A próxima "invasão" do quarteto de Liverpool deve coincidir com os Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, quando os Beatles vão ser explorados como um dos símbolos do país. A Disney já anunciou que vai recriar o filme Yellow Submarine, um desenho animado estrelado pelos quatro músicos em 1968, para lançá-lo em versão 3D no ano dos Jogos. O cineasta americano Martin Scorsese também trabalha numa biografia de George Harrison, que morreu de câncer em 2001. Os ex-integrantes da banda sabem que eles mesmos ainda têm muito material para explorar quando quiserem. Há centenas de horas de gravações que nunca foram divulgadas e Paul McCartney já afirmou que gostaria de lançar em breve uma faixa gravada em 1995 com os demais integrantes da banda. Quarenta anos após seu fim, os magistrais Beatles continuam a ser referência -- na arte e nos negócios"

06 outubro 2009

Beatle fotos de NY

O amigo Marcelo Zenun andou dando um giro pelos Estados Unidos e bateu algumas fotos para me mostrar. Compartilho com vocês.
As duas primeiras são de um novo Hard Rock Cafe que abriu na Times Square e as outras duas da loja de brinquedos Toys'R'Us.

Violão usado por George Harrison no Concerto para Bangladesh.


Um baixo Hofner autografado por Paul McCartney.

Marcelo conta que há uma grande campanha de lançamento do game Rock Band.

Gostaria muito de ter um. Só não tenho videogame...


03 outubro 2009

Poços Antiga

Recebi de uma leitora de nossas revistas essa série de postais. Achei magníficos. Não sou especialista, parecem-me fotos retocadas manualmente. A leitora chama-se Eva Peron Bernardo, mora em Maringá, no Paraná, tem 87 anos e disse que os postais foram levados para lá por seus pais que passaram uma temporada em Poços de Caldas, por volta de 1916. Há 93 anos!!!!
Clique neles para ver com mais detalhes, vale a pena
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02 outubro 2009

Fila pro AC/DC

Fui tentar comprar ingressos para o show do AC/DC que vai acontecer em 27 de novembro e acabei desistindo. A fila estava enorme. Vou tentar mais uma vez hoje:

30 setembro 2009

UP - Altas Aventuras


Tirei da Folha Online de ontem

"A animação da Disney/Pixar "Up - Altas Aventuras" liderou as bilheterias dos cinemas brasileiros pelo quarto fim de semana consecutivo.

De acordo com dados do Filme B, o longa arrecadou cerca de R$ 1,7 milhão entre a última sexta-feira (25) e domingo (27) e levou mais de 155 mil pessoas aos cinemas."

Assisti a esse filme com o Marcelo. É bem legalzinho, mas não é um filmaço. Daqueles inesquecíveis, como o "Wall-E". A produção é impecável, como tem sido habitual nessas animações mais recentes, só que o andamento é desigual e a história um pouco inverossímil demais.

Não pude deixar de lembrar daquele padre que sumiu no mar, no Paraná, depois de levantar voo alçado por balões de hidrogênio. O começo do filme é realmente empolgante, perdendo um pouco o pique do meio para o fim. Não deixa de ser um bom programa para fazer com a gurizada ou mesmo sozinho.

27 setembro 2009

Nosso Hino

Agora é obrigatório. As escolas de ensino fundamental terão que executar o Hino Nacional Brasileiro pelo menos uma vez por semana para seus alunos. Eu acho ótimo. Primeiro, porque considero nosso hino muito bonito. Um pouco difícil de se entender, com algumas frases invertidas e palavras de pouco uso comum. Mas, dentre os hinos que conheço, é certamente um dos mais marcantes. E essa complexidade da letra acaba sendo útil, afinal amplia a compreensão de textos por parte das crianças.
Segundo, porque sabendo a letra do hino e cantando-o uma vez por semana, podemos incutir um pouco mais de civismo e patriotismo na petizada. Hoje em dia, crescemos descendo a lenha em nosso país, criticamos demais tudo e todos. Muito por culpa de uma boa parcela de políticos que, com o decorrer dos anos, vem fazendo as instituições legislativas e executivas perderem a credibilidade.
A execução do hino semanalmente não vai resolver os enormes problemas educacionais que temos, mas pode fazer a criançada se lembrar que somos brasileiros todos os dias e não apenas em época de Copa do Mundo de futebol.

25 setembro 2009

Cena paulistana

Aqui em São Paulo todo mundo tem algum caso de violência urbana para contar. Se não aconteceu com a própria pessoa, um parente, vizinho, amigo ou conhecido foi a vítima. Assaltos, acidentes, sequestros e toda sorte de acontecimentos comuns às metrópoles. E isso faz as pessoas estarem sempre assustadas, alertas, atentas, esperando pelo pior. Parece que já está incorporado ao dia-a-dia, à rotina de todos. Meio paranóia geral mesmo.
Essa semana fui levar o Marcelo à fisioterapia. Como o tempo estava chuvoso, eu vestia uma blusa de moletom, estilo 'canguru', aquelas que tem capuz e um bolso de cada lado na altura da barriga. Enquanto ele estava na sessão, fui à esquina, na banca de jornal. Na volta, ao passar num estabelecimento que vende água em galões, bem ao lado da clínica onde meu carro estava parado, havia uma senhora de pé na porta. Eu estava com o celular em um bolso da blusa e as chaves do carro no outro. Ao me aproximar da senhora, já fui enfiando as mãos nos bolsos para retirar minhas chaves. Ela ergueu as mãos e as colocou na cabeça e gritou: "Ai hómi, que susto que você me deu. Pensei que fosse me assaltar..."
Paranóia total. Ela pensou que eu fosse um ladrão e que tiraria uma arma da blusa. Só que não a condeno. A gente acaba ficando assim, um tanto assustado. Ninguém mais tem aquela tranquilidade de outrora...

23 setembro 2009

Hora de Música

Música com melodia boa e letra simples me agrada. Essa é demais. Tem um monte de gente que já gravou. A versão que não sai da minha cabeça é essa aí do Taiguara. Ele era uruguaio de nascença e foi criado no Brasil. A interpretação dele é primorosa. Na medida! A música pode descambar se o cantor se exceder no sentimentalismo. Ele acertou em cheio. Espero que vocês gostem.

A música é de Chico Buarque, Vinicius de Moraes e Garoto. Tem jeito de ser ruim? Fala sobre pessoas simples, que são a imensa maioria nesse Brasilzão nosso. Ainda quero falar sobre isso em outro post: o Brasil é simples, humilde, sertanejo....



GENTE HUMILDE

Tem certos dias
Em que eu penso em minha gente
E sinto assim
Todo o meu peito se apertar
Porque parece
Que acontece de repente
Como um desejo de eu viver
Sem me notar
Igual a tudo
Quando eu passo no subúrbio
Eu muito bem
Vindo de trem de algum lugar
E aí me dá
Como uma inveja dessa gente
Que vai em frente
Sem nem ter com quem contar

São casas simples
Com cadeiras na alçada
E na fachada
Escrito em cima que é um lar
Pela varanda
Flores tristes e baldias
Como a alegria
Que não tem onde encostar
E aí me dá uma tristeza
No meu peito
Feito um despeito
De eu não ter como lutar
E eu que não creio
Peço a Deus por minha gente
É gente humilde
Que vontade de chorar.

21 setembro 2009

Genérico

Essas contorcionistas são impressionantes...

Ainda em "soft opening" o Teatro Bradesco, no Shopping Bourbon, abriu as portas para o espetáculo "Piratas", do Circo Nacional da China. As atrações são realmente boas e praticamente não se percebe as 2 horas de apresentação. São 36 artistas-atletas se revezando em números fantásticos.

A produção é simples. Caio na tentação de comparar com o Cirque du Soleil, que tem as mesmíssimas atrações, mas com uma produção muito mais caprichada, e com o ingresso pelo triplo do preço. Vamos dizer que seja o 'genérico' da companhia canadense...

O teatro merece um destaque à parte. Muito confortável e extremamente bonito. Num estilo clássico, com balcões, camarotes e visão boa de qualquer ponto. Vai pegar!

17 setembro 2009

Esquilo em Poços?

Na minha santa ignorância, sempre pensei que esquilos fossem coisa do hemisfério Norte. Que existissem apenas nos países de clima frio e onde houvessem nozes para eles se alimentarem. Deve ser a influência dos desenhos de Tico e Teco que tanto vi na minha infância.

Outro dia, descendo a serra do Cristo, em Poços, vi um esquilo atravessando a estrada. Consegui filmar alguns segundos de sua agilidade pelos galhos da mata. O bicho é esperto mesmo. Será que não é esquilo? Existe esquilo no Brasil? Alguém pode ter soltado algum esquilo na mata, após não querer tê-lo mais como bicho de estimação?

Alguma luz?

16 setembro 2009

Pra Pensar...

O amigo Garça me enviou esse texto. É do grande líder espiritual indiano Mahatma Gandhi. Garça disse que pensa na filha dele quando o lê. Eu já pensei no meu filho. E resolvi postar para que todos meus amigos possam ler, meditar e pensar em quem quiserem...

"Se eu pudesse deixar algum presente a você, deixaria aceso o sentimento de amar a vida.
A consciência de aprender tudo o que nos foi ensinado pelo tempo afora.
Lembraria os erros que foram cometidos para que não mais se repetissem.
Daria a capacidade de escolher novos rumos, novos caminhos.
Deixaria, se pudesse, o respeito àquilo que é indispensável:
alem do pão, o trabalho e a ação.
E, quando tudo mais faltasse, para você eu deixaria, se pudesse, um segredo:
O de buscar no interior de si mesmo a resposta para encontrar a saída."

14 setembro 2009

Beca

"Sempre tem uma primeira vez, né?. Meu pai e minha mãe resolveram que eu tinha que colocar um blazer para ir na festa de 15 anos da minha amiga Lívia Togni. Eu até que gostei. Peguei emprestado do meu avô. É confortável e ficou bacana..."

12 setembro 2009

A Força dos Ipês


Essas duas imagens mostram a força e a beleza dos ipês. A de cima é em frente a uma casa em Poços. Mesmo cercada por primaveras, ela se destaca, chamando a atenção de qualquer ser humano com um mínimo de sensibilidade. E a de baixo é o panorama da janela do meu escritório em São Paulo. Uma explosão amarela em meio ao cinzento concreto dos prédios ao redor. Em ambas pode-se admirar a espantosa cor das flores dessa árvore surpreendente. Nenhuma folha e incontáveis chumaços coloridos. Pena que durem tão pouco.

10 setembro 2009

Dedicado a Senna

Forçando um pouco dá para ler, ali no pedaço que começa com "This record is in memory of" .
(Grato ao Tiago Pagin pelo grifo na imagem)

Animado pelas 2 músicas que ouvi pela Internet, decidi comprar o disco que o filho do George Harrison, Dhani, lançou ao lado de um parceiro, Oliver Hecks, sob o nome de "thenewno2". O disco não é lá grande coisa, para o meu gosto. Muita eletrônica, sintetizadores, etc... Tem umas canções bastante interessantes, dando uma sensação que o filho do beatle que mais me identifico pode vir a ter uma carreira produtiva e de qualidade.

O que mais me chamou a atenção no disco foi um detalhe do encarte. Ele dedica o disco à memória de algumas pessoas próximas da família, como Derek Taylor, Neil Aspinall, e, para meu espanto, a Ayrton Senna. É sabido que George era chegado numa corrida, mas nunca pensei que seu filho tivesse esse mesmo gosto e chegasse a esse ponto.

Boa. Mais um ponto a favor do Dhani.

09 setembro 2009

Pré-Sal

O repórter perguntava às pessoas na rua se elas sabiam o que era o "Pré-Sal", até que um espirituoso mandou essa:
— É pressão sem o til?
Faz sentido...

08 setembro 2009

Marafalda

Um leitor da jornalista Barbara Gancia postou no twitter dela uma mensagem dizendo que o Maradona estava ficando a cara da Mafalda, outro grande ícone argentino.

Concordo! Só falta o lacinho na cabeça...

07 setembro 2009

Burle Marx

Eu e o Beto...
Peguei uma ótima exposição de Roberto Burle Marx no Museu de Arte Moderna, no Parque do Ibirapuera. Esse ano é o centenário de nascimento dele. O cara era fera mesmo. Além de projetos paisagísticos diversos, pelos quais ficou mundialmente famoso, ele era escultor, pintor, design de jóias, fotógrafo, etc... Achei muito bom programa e de graça (somente aos domingos).

05 setembro 2009

02 setembro 2009

A Cabana


Acabo de terminar de ler o livro "A Cabana", best-seller do escritor norte-americano William P. Young. Muito raramente leio obras que figuram entre os mais vendidos. Não sou um leitor voraz e nem fico correndo atrás dos sucessos para estar 'antenado'. Minha mãe ganhou esse livro de presente e perguntou se eu queria ler. Ela tinha gostado.
Achei o livro interessante, apenas um pouco pretensioso. A abordagem de como seria um encontro com Deus é atraente até um certo ponto. É uma questão muito pessoal e esse tema não mexe exatamente comigo. Certamente, o enredo é sólido e bem escrito. Faz a gente parar para pensar em alguns momentos e pode deixar boas mensagens sim. Acho que depende muito da pessoa. Tem gente que se sensibiliza mais com esse assunto ou até que precisa mais ouvir esse tipo de mensagem.

31 agosto 2009

Beatles Rock Band

No próximo dia 9 de setembro, será lançado o jogo Beatles Rock Band. Pelo jeito o negócio vai ser de primeira categoria. Estão sendo divulgados pequenos clipes promocionais do jogo que são muito bem feitos. Não sei bem como funciona essa história de jogar videogame com instrumentos ou mesmo com joysticks. Quero aprender!!!
Nem me perguntem como foi feito esse clipezinho abaixo. Só sei que é demais:

27 agosto 2009

Pastel de feira

Acho o visual das feiras e mercados muito bonito.

Um dos programas bacanas de se fazer em São Paulo é ir à feira comer pastel e tomar caldo de cana. Eu adoro feiras-livres, essas de rua, e os mercados municipais também. É uma mistura de aromas e cores que me enche os olhos. Sempre recomendo aos amigos que me visitam em Poços que dêem uma chegada ao Mercado. É um grande passeio.
As feiras de Sampa são deliciosas também, além do visual atraente e dos cheiros diferentes (nem sempre bons, diga-se) há uma certa 'bagunça ordenada' que é muito bacana. Gente anunciando seus produtos, senhoras pechinchando e apalpando as frutas e verduras, carregadores circulando, etc...
A organização não é o forte dessas barracas.
E os pastéis são, de fato, deliciosos. Verdadeiras tentações gordurosas. Enormes, saborosos, quentíssimos. Quase sempre fritos por uma senhora chinesa de ótimo humor. Vale a pena uma visita semanal...

25 agosto 2009

Sensação de impotência...

Hoje vi um assalto. Estava andando muito lentamente pela avenida Santo Amaro, abarrotada de ônibus e carros, dos dois lados. Um ser saiu do meio dos ônibus, deixei-o passar na minha frente, subiu na calçada e logo em seguida, investiu sobre um Ecosport, que estava 4 carros a minha frente. Tirou um revólver da jaqueta, ameaçou o motorista com a arma apontada para sua cabeça, bateu várias vezes, impacientemente no para-brisa, recolheu alguns pertences da pessoa e voltou pra calçada. Postou-se em posição de tiro, com a arma apontada para o ônibus que estava ao meu lado. Gelei... Alguém deve ter falado alguma coisa para ele. Dezenas de pessoas viram. Ele saiu correndo na contramão... e sumiu.
Apavorei, confesso. Pensei que ele fosse realizar um arrastão e vir assaltando os outros carros. Não fez porque não quis. Ninguém o impediria. Total sensação de impotência. Milhares de coisas passam na cabeça. Fiquei bem abalado. Nunca tinha visto um assim tão de perto. E espero nunca mais ver e nem ser protagonista de um assalto... Isso sim!

21 agosto 2009

Bares tradicionais

Cena inédita!!! Até a Adriana saboreou um chope...

Toda cidade tem. São Paulo tem vários, o Rio de Janeiro também, assim como Campinas, BH, Ribeirão Preto e muitas outras. São os bares tradicionais, aqueles que nem sempre são os mais limpos e bem frequentados, mas têm chopes cremosos e geladíssimos, porções caprichosas e inesquecíveis. Em geral, têm garçons quase tão antigos quanto os bares e clientes habituais. São os melhores lugares para um bate-papo sem pressa. Senta-se e esquece-se da vida.

Um sábado, meio sem querer, eu, a Adriana e o Marcelo fomos a um. O Bar Brahma, na esquina mais famosa de Sampa, Ipiranga com São João. Estávamos passando perto e decidimos descer e tomar um chope. É super tradicional. Hoje está ampliado e todo reformado, com vários ambientes. Sem perder o charme dos tempos antigos. Tem música ao vivo todo dia, sendo que às segundas, quem comanda o show é Cauby Peixoto.

O centro de São Paulo me traz muito boas recordações. Quando tinha 15 anos, passei a frequentar a Galeria do Rock e imediações. É uma área deliciosa, cheia de surpresas. Qualquer dia conto minhas aventuras por lá....

20 agosto 2009

Os Bepinhos

A dupla é sintonizada: diversão garantida.

Tem gente que tem dom... Os Bepinhos têm o dom de fazer calçados. Trabalham com couro e criam peças belíssimas. Verdadeiras obras de arte. Fazem botas, sapatos, sandálias, cintos, etc... Tudo ao gosto do freguês.

Chamam-se Giuseppe e Giovanni, gêmeos idênticos, filhos de italianos. Daí o apelido de Bepinhos. Trabalham juntos e se completam, na conversa, no trabalho, nas centenas de 'causos' que contam. Cheguei a eles através do amigo André Jr.. E a minha visita à dupla, em Andradas, foi uma verdadeira higiene mental. Rimos e conversamos por um bom par de horas.
André Júnior, Bepinho 1, eu e Bepinho 2 (não sei quem é quem)

No meio dos cantores sertanejos são famosos. Suas botas são muito bem feitas. Outro dia a Hebe Camargo foi presenteada, e usou em cena, uma bota 'chiquérrima' elaborada por suas mãos habilidosas.

Vale uma passada por lá. São geniais, divertidos e justos no preço!

18 agosto 2009

Twitter

Logo volto a postar nesse blog. Ando meio alheio às lides informáticas. Aliás, agora tenho Twitter. Se alguém quiser me seguir o endereço é www.twitter.com/admus.
Não posto grandes novidades lá, só estou querendo conhecer esse mundo para ver se vale a pena.

09 agosto 2009

Não entendo...

Têm coisas que não entendo na imprensa. Qual o critério para se selecionar uma notícia, uma manchete? Hoje, por exemplo, o Brasil foi campeão mundial junior de Vôlei, na Índia, e não li uma única linha nos jornais da Internet. Enquanto isso, a Globo dá um destaque danado a categoria Stock Car que, aos meus olhos, não tem atrativo nenhum!!!!

05 agosto 2009

Sugestão para o prefeito

Li numa revista aqui da região onde moro em São Paulo que o prefeito Gilberto Kassab está com planos de instalar um monotrilho para transporte coletivo na capital paulista. Me enchi de orgulho ao pensar que mais uma vez Poços de Caldas está na vanguarda. Há pelo menos 25 anos temos nosso monotrilho. Nunca funcionou direito, mas está lá para quem quiser ver. Suas torres e pilastras estão ao longo das avenidas centrais da cidade, algumas caindo outras firmes.
Que tal a empresa concessionária oferecer as torres prontas e os trens inutilizados para a prefeitura de São Paulo? Pelo menos ficaríamos livres desse trambolho que só enfeia a cidade.
Se pelo menos funcionasse, daria para entender sua construção. Só que do jeito que a coisa anda, o fim dessa pendenga está longe...

03 agosto 2009

De volta a Sumpa...

Depois de ótimas 4 semanas em terras sulfurosas, retomamos as atividades paulistanas. A aula do Marcelo que era para começar hoje, dia 3, foi transferida para dia 10. E ainda pode ser adiada de novo. Depende do desenrolar dos acontecimentos dos próximos dias.
A tal da gripe H1N1 (suína é politica e esportivamente incorreto) está bem ao lado. Espero que não tenhamos contato com ela. A ameaça é iminente. Não estou desesperado, só que tomo minhas preocupações. Tenho lavado as mãos muito mais amiúde e mais caprichadamente. Entre outras pequenas ações. Importante também é manter a saúde boa. Em organismos debilitados, a ação é mais grave.

01 agosto 2009

Lugares Pessoas e Coisas

Crônica de Nélson Motta. Achei interessante a forma de abordagem da globalização:

"Fui à Europa pela primeira vez em 1963, com 19 anos. Quando o DC-8 da Panair se aproximava de Lisboa, vi do alto um mundo estranho, com todas as terras cultivadas e organizadas como eu nunca havia visto, e, às margens de um grande rio que se encontrava com o mar, uma cidade branca de telhados vermelhos. Tudo era diferente: o ar, a água, as ruas, os cheiros, as pessoas de preto caminhando pelas calçadas de pedras portuguesas, as lojas acanhadas com roupas que pareciam antiquadas e cafonas, mesmo para um brasileiro provinciano. Parecia um outro mundo, em um outro tempo. E era só Portugal.
Hoje, caminhando pela Baixa ou pelo Chiado, o que se vê é parecido com São Paulo, Buenos Aires ou Barcelona: Zara, Mango, Gap, McDonald, Hãagen-Dazs, Chanel, Kenzo, Nike, Adidas, Foot Locker, Puma, Armani... os mesmos canais de TV nos hotéis... todo mundo fala inglês...
Em Paris ou em Madri não é muito diferente, a não ser na escala. Os comércios locais quase desapareceram. A maioria vende cópias de grifes internacionais. Restam os camelôs e as terríveis lojas de turistas. Como em Roma ou no Rio de Janeiro.
Uma boa parte do glamour das viagens no século passado desapareceu, graças à globalização. Claro, isto valoriza ainda mais as diferenças no urbanismo, na arquitetura das cidades, nos restaurantes, nos cafés, na língua, nos museus, na história viva. Mas sinto uma certa nostalgia de coisas que só existiam em alguma cidade ou país distante, e só lá. Hoje estão todas em qualquer shopping de São Paulo. E até nos supermercados. Ou na internet.
Saudades do tempo em que uma viagem aos Estados Unidos significava também comprar uma calça Lee, chicletes Bazooka ou pasta de dentes Crest. Hoje, os jeans são fabricados aqui, ou na China, chicletes do mundo inteiro estão em qualquer bar e a pasta em qualquer farmácia. Trazer de Paris uma camisa Lacoste para o pai, ou um perfume Chanel para a mãe, era o máximo. Os discos que só saíam em seus países. Tudo que não existia no Brasil.
Agora, nas viagens, o que vale não é o que se compra, mas o que se vê, se ouve, se sente e se aprende."

30 julho 2009

Constatação

"A gente percebe que está ficando velho quando olha a foto de divulgação da capa da Playboy com a ex-BBB Priscila e fica excitado com a chamada para um conto inédito do Rubem Fonseca publicado na edição de agosto."
Tirado do blog de Tutty Vasques.

29 julho 2009

Paul no Brasil


Estão cada vez mais fortes os rumores sobre a vinda de Paul McCartney ao Brasil, no ano que vem. Ontem, um site inglês divulgou até as possíveis datas. Seria dia 16 de abril no Maracanã, no Rio de Janeiro; 18 de abril, no Morumbi, em São Paulo, e dia 21, em Brasília, em comemoração aos 50 anos da capital nacional.
Ainda não há confirmação oficial, mas desta vez estou acreditando que ele venha mesmo. E, muito provavelmente, pela última vez. Torço apenas para que os shows não sejam gratuitos, na rua ou na praia. Vê-se e ouve-se muito mal, além de toda a muvuca que esse tipo de apresentação provoca. Se for como o site está noticiando, muito bom. Yo voy....

27 julho 2009

24 julho 2009

Recanto Mágico

— A prova tem que ser aprovada por FTP
— Não tá carregando
— A senha e o login não estão certos
— O miolo das três revistas está igual
— Puxa vida, corri pra mandar tudo na segunda e até hoje não tá sendo impresso?
— A tipologia da capa tá errada

Sabe aqueles dias que você amanhece com tudo planejado, tudo esquematizado e nada parece dar certo? Quarta passada estava assim. Combinei de terminar a correção das provas da revista na parte da manhã e à tarde ir com a esposa e filhote para o sítio do sogro em Caldas.

Tive que correr e me virar para conseguir sair apenas às 14 horas, com o "estressômetro" quase explodindo.

Mas, foi só pisar naquele abençoado pedaço de chão para tudo mudar. Que coisa mais louca. Assim que cheguei no sítio não consegui mais pensar em nada que pudesse me alterar o humor. É uma coisa mágica, encantadora. Parece uma outra realidade, um outro mundo. Ficamos algumas horas lá e voltei renovado. Com certeza, voltaremos a fezer mais vezes...
O tucano ficou observando de perto nossa visita...
Ismênia e Toninho colocaram a orquídea na árvore e os botões estão a ponto de abrir.
Marcelo adorou ver o Pimpão comer milho. Pimpão é o cavalo, não o ser de calça azul...
Marcelo ajudando o avô a colocar milho para o cavalo.
O trio de filhos da Ana e do Nando, José, Antônio e Francisco, entre Marcelo e Adriana.

22 julho 2009

Escrúpulos, de novo

Criador e criatura

Olha eu falando de escrúpulos de novo. Um amigo do Thiago Pagin, coautor do adesivo de Poços que venho distribuindo há mais de um ano, disse que viu uma camiseta com essa estampa sendo vendida numa loja da Pedra Balão, aqui em Poços. Fui lá conferir.

E é verdade mesmo. Na loja de suvenires que existe no local há uma arara com camisetas. Uma delas traz, bela e formosa, a figura do Cristo, de braços abertos, em cima da montanha, ladeado por um paraglider... E, por coincidência, o rapaz que confecciona as camisetas estava no local.
A imagem original...

Diz ele que o filho bolou a camiseta e que não sabe de onde ele tirou a idéia. Ficou por isso mesmo. Não vou querer arranjar confusão. E, na verdade, dá uma ponta de orgulho saber que uma imagem criada pela gente está sendo difundida e até copiada. É sinal que gostaram.

20 julho 2009

Será o Benedito?

Saiu no site "O Fuxico". Prefiro não acreditar que seja verdade:

"Vereador pelo PR (Partido Republicano), Agnaldo Timóteo levou uma proposta de homenagem à Câmara de São Paulo: rebatizar o Ibirapuera, parque-símbolo da capital paulista, de ‘Parque Ibirapuera Michael Jackson’. O político-cantor também quer incluir o nome do astro internacional, morto no dia 25 de junho, no espaço cultural Sala São Paulo – o local passaria a se chamar Sala São Paulo Michael Jackson."

18 julho 2009

Escrúpulos

Outro dia comprei de um camelô uma batelada de filmes. Tenho baixado muito mais músicas pela Internet do que comprado CDs. E por aí vai... Sou um contraventor. Como milhões de outros. Não me sinto bem fazendo isso, só que o preço da locação de um filme ou de um disco em uma loja acaba sendo proibitivo. Tenho plena consciência de todos os males que posso estar ajudando a promover. Mas, tem horas que a gente não aguenta. É tanta gente andando fora da linha que a gente acaba contaminado.
Filmes em camelô não compro mais. Apesar das vantagens financeiras, realmente não acho que valha a pena. Sempre prezei pela qualidade na hora de ver um filme. E acho que o ato de ajudar um camelô só vai fazê-los mais fortes. E junto com eles uma penca de contravenções se fortalecem. Ainda não comecei a fazer downloads de filmes. Já sei que as facilidades estão aumentando. Será que vou resistir?
Agora, baixar músicas da Internet já não tenho o mesmo pensamento. A oferta é muito grande e de alta qualidade. Hoje em dia, apenas uma pequena parcela de artistas consegue ganhar dinheiro com a venda de discos. E do que eu baixo e gosto, compro os discos.
Escrúpulos? Vou lutar muito para preservá-los.

17 julho 2009

Sarney

Espero do fundo do meu coração que toda essa celeuma em volta da família Sarney resulte em alguma coisa bem contundente. Só que nesse mesmo lugar, no fundo do meu coração, sei que muito provavelmente, nada de mais sério vai acontecer.
Triste isso, não? A gente não ter confiança em uma casa que deveria ser modelo para todos. E o Lula chamando os senadores de pizzaiolos não me assusta. Ele está certo. Só deveria se incluir no rol desses dignos profissionais da gastronomia.

09 julho 2009

Hora de Música

Muito antes de toda essa preocupação ecológica que movimenta o mundo hoje em dia, o grupo paulistano Secos & Molhados gravava essa canção, "Rosa de Hiroshima". É um verdadeiro hino pacifista, uma ode à vida. O integrante Gerson Conrad musicou um poema de Vinícius de Moraes e a voz de Ney Matogrosso conferiu a emoção exata à melodia. Deu essa preciosidade. Uma música marcante da minha vida. Lançada em 1973, fez grande sucesso comercial, juntamente com as outras 12 que compunham o brilhante LP "Secos & Molhados".



Rosa de Hiroshima
Voz de Ney Matogrosso
Composição: Vinícius de Moraes e Gerson Conrad


Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas, oh, não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroshima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A anti-rosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa sem nada

07 julho 2009

Mais propaganda

Essa propaganda não vai ser veiculada no Brasil, é da Budweiser americana. Agradou-me porque mostra uma montagem de cenas muito bacana em cima da letra de uma pouco difundida canção dos Beatles, "All Together Now", do disco Yellow Submarine.


05 julho 2009


Depois de assistir ao filme "A Lista de Schindler", de Steven Spielberg, em 1993, e adorar, achei que já tinha visto o suficiente sobre o Holocausto. Pensei saber de tudo o que tinha ocorrido e estava cansado de tanto ouvir falar em campos de concentração, Gestapo, Hitler, judeus com estrelas no peito, etc.. Durante anos, fugi de livros, matérias e filmes com essa temática.

Após ler "O Menino do Pijama Listrado", em maio passado, percebi que esse assunto deve sempre ser revisitado e reanalisado. Agora, tive a oportunidade de ler "Maus", de Art Spiegelman, gentilmente emprestado pelo Paulo Durante. O livro traz a história do pai deste brilhante cartunista norte-americano contemporâneo, contada em quadrinhos. Os nazistas são retratados como gatos, os poloneses como porcos, os judeus como ratos e os americanos como cães. Sempre em preto e branco, num traço simples, mas rico em detalhes e significados.

O livro mostra de forma sucinta, até didática, toda a trajetória do pai e da mãe dele desde a juventude, passando pelas dificuldades até chegar nos Estados Unidos, depois de passar por um campo de concentração, e seus últimos momentos de vida. Logicamente, o foco principal são os horrores da perseguição aos judeus. É um relato sofrido, nem sempre bom de se ler, mas essencial para entender um pouco mais desse lamentável episódio da história da humanidade.

03 julho 2009

Beatuca????


Essa foto está no Orkut do produtor musical Marcelo Fróes. O que será que significa? A imagem ficou bem bacana, apesar de a foto estar fora de foco. Será que o Miltão vai gravar alguma coisa relacionada aos Beatles? Sei que ele gosta muito do quarteto inglês. Até já gravou uma versão de "Norwegian Wood".

Aguardemos...

01 julho 2009

Bad Moon Rising


Terminei de ler o livro "Bad Moon Rising", de Hank Bordowitz, que conta a história (não autorizada) do grupo Creedence Clearwater Revival. Gosto muito do som desse quarteto americano desde criança e muito pouco eu conhecia de sua trajetória. Não é muito fácil de encontrar material biográfico deles.

O CCR lançou 7 discos. Todos muito bons e que fizeram grande sucesso comercial. Boa parte desse destaque deve-se ao talento do guitarrista, cantor e compositor John Fogerty. O grupo se separou em 1974 e desde então os 3 membros fundadores sobreviventes (John mais Stu Cook e Doug Clifford) vivem se pegando em ações na justiça. O quarto membro fundador era Tom, irmão de John, que havia saído da banda em 1970 para seguir carreira solo, brigado com seu mano, a quem acusava de monopolizar tudo no grupo. Ele acabou falecendo em 1990, ainda brigado com o irmão, em decorrência de AIDS, adquirida em uma das muitas transfusões de sangue a que foi submetido durante tratamento de problemas nas costas.

As revelações desse livro foram surpreendentes para mim. Não sabia de muitas coisas da carreira deles. Eu sempre estranhava a ausência, praticamente completa, das músicas deles em filmes, comerciais, coletâneas, etc. E, principalmente, nas edições e reedições do material do festival de Woodstock, que aconteceu em 1969. Muita gente nem sabe que eles participaram do evento, já que suas músicas não constam dos discos e nem do filme oficial.

A razão remonta aos primórdios da banda, quando eles assinaram um contrato com a Fantasy, sem consultar advogados, o que era comum na época e inadmissível hoje em dia. Era mais ou menos assim, eles teriam que entregar 12 músicas para a gravadora (um LP) no primeiro ano, mais 12 no segundo ano. A partir do terceiro ano, seriam 24 músicas. Caso entregassem 14, ficaria devendo as 10 restantes para o ano seguinte. Isso é, teria que entregar 34 músicas no quarto ano. E assim por diante. Segundo o documento, mesmo se a banda se separasse os ex-membros ainda teriam que cumprir essa entrega de material. É algo escorchante.

Mesmo depois de muitas reuniões e brigas, o diretor da Fantasy, Saul Zaentz, não cedeu. Além disso, os direitos das músicas ainda são da gravadora, o que significa que os membros do CCR não recebem praticamente nada da vendas de discos. E nem de nada relacionado às músicas deles. Depois de muito discutir e de dezenas de audiências judiciais, John entrou em um acordo com a Fantasy, nos anos 80: cedeu sua pequena participação na venda dos discos em troca de não ter mais que entregar novas canções todos os anos para a gravadora.

Isso significa que até hoje, John Fogerty não recebe nada pela venda dos discos com aquelas dezenas de clássicos que ELE compôs. Durante muitos anos, ele recusava-se até mesmo a tocar suas próprias composições em shows. Mas, como o mundo dá muitas voltas, John Fogerty voltou a Fantasy em 2005. Depois de lançamentos esporádicos e não bem sucedidos, as grande gravadoras não o queriam mais. A Fantasy o aceitou de volta. Sabendo promovê-lo, creio que seja uma boa para ambos. Afinal, o CCR ainda hoje vende cerca de 10 mil discos por semana, somente nos Estados Unidos. É muita coisa, ainda mais em tempos de downloads desenfreados...

Durante esses 35 anos em que eles estão separados, muitas vezes, suspeitou-se que uma volta aconteceria, mesmo que fosse para apenas uma apresentação. Nunca aconteceu. Em se tratando de um ser tão talentoso quanto John e igualmente turrão, é de se esperar que não aconteça mesmo. Doug e Stu estão na estrada, fazendo cerca de 100 shows ao ano, tocando os sucessos compostos pelo ex-colega, sob o nome de Creedence Clearwater Revisited. É uma pena. Afinal, tantos 'dinossauros do rock' têm se reunido, muitas vezes para trabalhos insossos. Não seria uma má idéia uma reunião da banda que era uma verdadeira usina de hits.

27 junho 2009

É recurso público...

"Garota é uma lição para Ivete Sangalo

Giulia Olsson tem 14 anos e estuda no ensino médio na Flórida. Nos últimos meses, ela vendeu limonada na rua, lavou carros, disparou e-mail por várias partes do mundo para arrecadar dinheiro destinado à orquestra sinfônica de Heliópolis, a maior favela de São Paulo. Conseguiu levantar R$ 30 mil.
Giulia está, nesse momento, ensinando violino para as crianças da sinfônica e vai se apresentar na Sala São Paulo - a história detalhada está no
http://www.catracalivre.com.br/.
É uma lição para celebridades como Ivete Sangalo e Caetano Veloso, entre outras celebridades brasileiras, que vem conseguindo dinheiro público para seus shows. Uma das justificativas dadas pelo Ministério da Cultura para aprovar a concessão do benefício à turnê de Caetano Veloso (um benefício totalmente dentro da lei, diga-se), é que Ivete Sangalo, montada nos seus milhões de reais, com plateias cheias, também ganhou --assim como Maria Bethânia.
Todas essas celebridades fariam melhor a elas mesmas e ao país se, como Giulia, pelo menos compartilhassem suas experiências com estudantes.
Enquanto uma menina de classe média se empenha em ajudar uma comunidade, transformando dinheiro privado em ação pública, a Lei Rouanet tem permitido o contrário --dinheiro público voltado a interesses privados."


Publicado na Folha de São Paulo de 25/06/2009.
Autor Gilberto Dimenstein.
Grato a Paulo Durante pela colaboração.

26 junho 2009

Gente fina

Mais um texto interessante da gaúcha Martha Medeiros. Comprei um livro dela só que ainda não o li. Ela parece ter uma sensibilidade extra para fatos e sentimentos corriqueiros. E uma facilidade grande de se expressar em linguagem simples.
Este me foi enviado pela Ana Lucas, muito grato! E dedico aos meus (muitos) amigos 'Gente Fina' que tenho.

"Gente fina é aquela que é tão especial que a gente nem percebe se é gorda, magra, velha, moça, loira, morena, alta ou baixa.
Ela é gente fina, ou seja, está acima de qualquer classificação. Todos a querem por perto.
Tem um astral leve, mas sabe aprofundar as questões quando necessário. É simpática, mas não bobalhona.
É uma pessoa direita, mas não escravizada pelos certos e errados: sabe transgredir sem agredir.
Gente fina é aquela que é generosa, mas não banana. Te ajuda, mas permite que você cresça sozinho.
Gente fina diz mais sim do que não, e faz isso naturalmente, não é para agradar.
Gente fina se sente confortável em qualquer ambiente: num boteco de beira de estrada e num castelo no interior da Escócia.
Gente fina não julga ninguém - tem opinião, apenas.
Um novo começo de era, com gente fina, elegante e sincera. O que mais se pode querer?
Gente fina não esnoba, não humilha, não trapaceia, não compete e, como o próprio nome diz, não engrossa.
Não veio ao mundo pra colocar areia no projeto dos outros.
Ela não pesa, mesmo sendo gorda, e não é leviana, mesmo sendo magra.
Gente fina é que tinha que virar tendência. Porque, colocando na balança, é quem faz a diferença."

25 junho 2009

Bizarrices do Senado

Aproveitando essa onda de descobertas que assola nosso Senado Federal, temos a oportunidade de rever os estranhos nomes ou sobrenomes de alguns de nossos senadores. Vejam só:
Mozarildo Cavalcanti, Neuto De Conto, Epitácio Cafeteira, Papaléo Paes, Delcídio Amaral e Heráclito Fortes.
Suas biografias podem ser encontradas em www.senado.gov.br

Na Câmara dos Deputados, tem mais ainda:
Acélio Casagrande, Aelton Freitas, Albérico Filho, Ariosto Holanda, Arolde de Oliveira, Colbert Martins, Darcísio Perondi, Eleuses Paiva, Elismar Prado, Evandro Milhomen, Geraldo Pudim, Jofran Frejat, Jovair Arantes, Jurandil Juarez, Onyx Lorenzoni, Perpétua Almeida, Sandes Júnior, Uldurico Pinto, Valtenir Pereira, Wandenkolk Gonçalves, entre outros.
Sandes Júnior é demais, não???
Maiores detalhes em www.camara.gov.br

A maior parte deles a gente nunca ouviu falar. E quero deixar claro que ter nomes estranhos não significa nada. Se receberam o direito de representar seu povo, seja no Senado ou na Câmara, o importante é que o façam com dignidade e respeito. Gosto de ver nomes diferentes, mas isso não faz nenhuma diferença ou tem a menor importância... O que vale mesmo é o caráter de cada um deles.

Mais nomes diferentes aqui: http://mussolin.blogspot.com/2009/01/nomes-diferentes.html
e aqui: http://mussolin.blogspot.com/2008/10/nomes-estranhos.html e aqui: http://mussolin.blogspot.com/2008/08/nomes-esquisitos.html

24 junho 2009

Bátima e Robson


O blog do Curioso, do Marcelo Duarte, descobriu que existe uma dupla sertaneja mineira batizada de Bátima e Róbson. Numa clara alusão à dupla dinâmica do seriado de TV. É muita criatividade, não?

Quem quiser ler o post completo dele, com direito a fotos e clipe, é só clicar no link abaixo:

22 junho 2009

Ford Fusion

Essa propaganda eu gostei. Conta uma história, passa sua mensagem, sem apelações, sem recorrer a artifícios escusos. E conta com o riff magnífico da canção "Back in Black", do AC DC, na guitarra de Angus Young.

20 junho 2009

Carinhoso

Existem 'N' versões deste maravilhoso choro de Pixinguinha, com letra de João de Barro. Separei uma das versões de Orlando Silva, que é das que mais sentimento transmite. Não sei a razão, mas é uma das minhas mais remotas recordações musicais. Suspeito que seja por causa de uma novela que passou na Globo no começo dos anos 70, também chamada "Carinhoso". A melodia dessa canção é belíssima e a letra veio complementar o que considero uma das mais importantes músicas de nosso cancioneiro.

Ouça e deixe a emoção fluir.




CARINHOSO
(Pixinguinha e João de Barro)

Meu coração
Não sei porque
Bate feliz, quando te vê
E os meus olhos ficam sorrindo
E pelas ruas vão te seguindo
Mas mesmo assim, foges de mim

Ah! Se tu soubesses
Como sou tão carinhoso
E muito e muito que te quero
E como é sincero o meu amor
Eu sei que tu não fugirias mais de mim

Vem, vem, vem, vem
Vem sentir o calor
Dos lábios meus
À procura dos teus
Vem matar esta paixão
Que me devora o coração
E só assim então
Serei feliz, bem feliz

18 junho 2009

Preconceito

Fiquei assustado com essa:

Da Agência Brasil:
"Pesquisa realizada em 501 escolas públicas de todo o país, com alunos, pais e mães, diretores, professores e funcionários, revelou que 99,3% das pessoas demonstram algum tipo de preconceito étnico-racial, socioeconômico, com relação a portadores de necessidades especiais, gênero, geração, orientação sexual ou territorial.
De acordo com a pesquisa Preconceito e Discriminação no Ambiente Escolar, 96,5% dos entrevistados têm preconceito com relação a portadores de necessidades especiais, 94,2% têm preconceito étnico-racial, 93,5% de gênero, 91% de geração, 87,5% socioeconômico, 87,3% com relação à orientação sexual e 75,95% têm preconceito territorial."