31 outubro 2007

Vaidade

Recebi por e-mail. Não posso confirmar a autoria. Mas, o texto é bem bacana:

"Cirurgia de lipoaspiração? Pelo amor de Deus, eu não quero usar nada nem ninguém, nem falar do que não sei, nem procurar culpados, nem acusar ou apontar pessoas, mas ninguém está percebendo que toda essa busca insana pela estética ideal é muito menos lipo-as e muito mais piração?

Uma coisa é saúde, outra é obsessão. O mundo pirou, enlouqueceu. Hoje, Deus é a auto imagem. Religião, é dieta. Fé, só na estética. Ritual é malhação. Amor é cafona, sinceridade é careta, pudor é ridículo, sentimento é bobagem.

Gordura é pecado mortal. Ruga é contravenção. Roubar pode, envelhecer, não. Estria é caso de polícia. Celulite é falta de educação. Filho da p* bem sucedido é exemplo de sucesso. A máxima moderna é uma só: pagando bem, que mal tem?

A sociedade consumidora, a que tem dinheiro, a que produz, não pensa em mais nada além da imagem, imagem, imagem.
Imagem, estética, medidas, beleza. Nada mais importa. Não importam os sentimentos, não importa a cultura, a sabedoria, o relacionamento, a amizade, a ajuda, nada mais importa.

Não importa o outro, o coletivo. Jovens não tem mais fé, nem idealismo, nem posição política. Adultos perdem o senso em busca da juventude fabricada. Ok, eu também quero me sentir bem, quero caber nas roupas, quero ficar legal, quero caminhar, correr, viver muito, ter uma aparência legal mas...

Uma sociedade de adolescentes anoréxicas e bulímicas, de jovens lipoaspirados, turbinados, aos vinte anos... não é natural. Não é, não pode ser! Que as pessoas discutam o assunto. Que alguém acorde. Que o mundo mude. Que eu me acalme. Que o amor sobreviva.''

Herbert Vianna

30 outubro 2007

Blues Brasileiro

Ainda meio de ressaca do Encontro, voltamos a Sampa já com os ingressos para o show de Djavan comprados. Desejo antigo de minha amada companheira. Há anos que ela tem vontade de ver o alagoano ao vivo e nunca calhou de conseguirmos ir.
Sempre achei o Djavan meio tristonho, melancólico. Meio blues, com sotaque brasileiro. Pensei que o show dele fosse meio "banquinho e violão". Ledo engano. Apoiado por uma banda correta, com um sempre fabuloso trio de metais (sax, trompete e trombone) e com dois filhos segurando as baquetas e a guitarra solo, João e Max Viana, Djavan fez uma festa bem dançante no Citibank Hall. Mesclou sucessos com músicas de seu último lançamento "Matizes".
Para minha surpresa, ele dança, rodopia, requebra e canta muito. Voz potente e afinada, sem escorregões. Fiquei bem impressionado. Domina bem o palco e se comunica perfeitamente com o público.

Foto tirada pelo celular num dos poucos
momentos em que ele toca (bem!) violão.

Nota: fiquei assustado com o número de máquinas digitais e celulares, filmando e fotografando o show. Tem gente que viu o show pelo monitorzinho da máquina. Paga o ingresso e assiste pela telinha em vez de sentir o clima do show ao vivo. Centenas delas!!! Eu não entendo... Mas, respeito. Deve ter sua graça...
Gostei do show e a Adriana e a Ana Lucas adoraram. Dançaram e cantaram até enjoar. Ainda bem!!

Nós 3 num lugar privilegiado

29 outubro 2007

Acabou...

Acabou sábado à noite o nosso Encontro. Como todo ano, ao final eu estava um bagaço. Mas, aliviado. Afinal, correu tudo bem. Creio que os participantes ficaram satisfeitos com a programação, concursos e apresentações. É muita tensão. Medo de que algo saia errado. Muita responsabilidade. Cuidar de gente do país inteiro, com hábitos e costumes diferentes. E ainda ser o encarregado de dar entrevistas para rádios e TVs. Não adianta, fico nervoso mesmo. Mas, enfrento... As palavras saem meio engasgadas, mas acho que me faço entender (foto ao lado).
Ano que vem, chegamos a Gramado, no Rio Grande do Sul!!!

25 outubro 2007

A todo vapor

Tivemos uma alteração grande na programação do jantar de abertura. O ônibus que vinha de São Paulo sofreu com os atrasos de vôos dos participantes e com a forte chuva que caiu na tarde quarta. Acabou chegando 21:30 h qdo era para chegar às 18:00 h. Mas, mesmo assim correu tudo bem. Foi uma festa bacana.
Hoje, tivemos a realização das primeiras etapas dos concursos individual e por equipes. Correu tudo bem, também. Mas, estou bem cansadão. Não só eu.... todos envolvidos se entregam muito para que os participantes se sintam à vontade e aproveitem o evento.

Daqui a pouco, vamos assistir a uma apresentação especial da peça musical "A Era do Rádio", exclusiva para nosso pessoal.

23 outubro 2007

Encontro de Cruzadistas


Estamos na reta final para a abertura do nosso encontro de cruzadistas. Já chegamos à décima edição. A partir de amanhã, leitores de nossas revistas, do Brasil todo, chegam a Poços de Caldas para mais uma rodada de campeonatos de passatempos e várias outras atividades.
Esse ano teremos a apresentação da peça "A Era do Rádio". Tá tudo certo, mas a ansiedade é grande...
É uma canseira para a gente que organiza, mas é muito prazeroso ver tudo funcionando.

19 outubro 2007

Metamorfose ambulante

Conforme o tempo vai passando, percebo que não preciso manter as mesmas opiniões que tinha no passado. Tudo muda e se transforma. Nosso corpo, nossas necessidades, nossas ambições. Não há nada de mal em deixar de gostar de alguma coisa e de começar a gostar de outras. Hoje em dia, acho isso natural.
Prova disso, é o horário de verão. Antigamente, eu era ferrenho defensor dele. Assim que o Governo o implantou, em 1985, achei o máximo. Acordar antes de o sol aparecer, poder aproveitar o final do dia ainda com claridade. Não havia nenhum contra. Mas, hoje... Estou tendo dificuldade para acordar e chega no final do dia quero que o sol se esconda logo para diminuir o calor...
Acho que o que se deve manter são os valores. E até aperfeiçoa-los, adquirir novos comportamentos que te façam crescer. Mas, opiniões e impressões existem para serem mudadas. Experimentar coisas novas e reexperimentar o que faz tempo que se fez, são hábitos positivos, penso eu.
Até quando vai ser assim? Não sei. Não vejo menor problema em mudar de opinião de novo!

18 outubro 2007

Campeonato Mundial de Passatempos

Os campeões desse ano:
alemão (3º), húngaro (1º) e americano (2º)


A 16ª edição do Campeonato Mudial de Passatempos aconteceu esse ano no Brasil. No Rio de Janeiro, numa promoção da Ediouro. Fomos convidados para participar, não como concorrentes, mas apenas como observadores.
Foi muito bacana. Cerca de 30 países mandaram suas equipes. Na verdade, são tipos de passatempos que não usamos em nossas revistas. Nós usamos Palavras Cruzadas e jogos com palavras. Eles usam apenas passatempos de lógica, que independem de idioma. As provas são muito difíceis, desenvolvidas e resolvidas por verdadeiros gênios.
Para nós foi interessante pelo contato com editores de outros países e para rever alguns amigos. Pudemos reencontrar Will Shortz, editor de Palavras Cruzadas do New York Times. Conhecer editores da Turquia, Itália, Romênia, Peru, Argentina, Índia e muitos outros. Uma verdadeira babel de passatempos.

Eu com mr. Will Shortz e Mr. Luciano Mussolin

17 outubro 2007

Para quem gosta de futebol e cerveja

O São Cristóvão é um bar da Vila Madalena inteirinho decorado com motivos futebolísticos. Não é um daqueles bares temáticos modernosos, mas sim um boteco com milhares de fotos, desenhos, camisas, cachecóis, distintivos, etc... pregados em suas paredes. Do chão ao teto. Muita coisa antiga, tipo anos 40 e 50. E vocês podem imaginar meu orgulho ao ver uma linda camiseta da CALDENSE, em local nobre, bem na entrada, logo acima de um pôster do Brasil pentacampeão (foto de celular, não muito nítida, ao lado).

O chope é gelado, as porções boas e pedimos um prato de carne de panela pro Marcelo que estava bem gostoso. Fica na rua Aspicuelta.

Eles fizeram algumas camisetas de clubes brasileiros nos modelos da época em que conquistaram títulos importantes . Por exemplo, o Palmeiras de 1951, o Flamengo de 1981. Tem bastante variedade. Ficou uma coisa bem interessante, apesar do preço salgado, R$ 120,00!!!!

Outro detalhe curioso é o vaso do banheiro masculino (foto ao lado). Tem uma trave para orientar a mira (hehehe).

16 outubro 2007

Tropa de Elite: uma opinião

Pedi ao sobrinho Rubens que escrevesse sobre o filme "Tropa de Elite", de José Padilha, que ele assistiu no último domingo. Selecionei alguns trechos de sua inflamada opinião:

"Sucesso nacional nascido na informalidade dos camelôs e que conta a rotina e a intimidade do BOPE, o Batalhão de Operações Especiais da PM do Rio de Janeiro, especializado em confrontos urbanos. Confesso, que fui com grandes expectativas e imaginava que iria me decepcionar por isso. Pra começar, é interessante situar a todos, fui assisti-lo no cine Bristol da avenida Paulista, local onde com freqüência vê-se jovens, na sua maioria universitários, fumando um beck ou mesmo cheirando 'uma carreirinha'."

"Parafraseando a crítica da revista Veja desta semana, "Tropa de Elite" é a primeira obra da filmografia nacional a tratar bandido como bandido e o mais assustador de tudo, tratar todos os usuários de droga como grandes responsáveis e sócios do crime organizado. Estes dois personagens, o bandido e o usuário, são muito comuns no nosso país. Pois então, esta é a chave, as pessoas se sentiram ultrajadas, agredidas, porém a realidade posta na tela impede que haja qualquer reação contra os métodos utilizados, mostra a realidade nua e crua do Brasil. Claro, que há um abuso exacerbado da violência, pelo líder, agora herói nacional, comandante Nascimento, porém, plenamente justificável pela já célebre frase dita pelo mesmo logo no início do filme “Para ser policial no Rio de Janeiro, existem apenas 3 alternativas, ou você se corrompe, ou se omite ou parte para a guerra”, e foi a terceira opção a escolhida por ele, e isto o faz, devido as circunstâncias, um herói."

"Em outra passagem, logo ao chegarem no morro, a equipe do BOPE chega atirando e atinge um usuário que estava fumando um, e logo em seguido pega um estudante que também estava queimando e tortura-o para arrancar informações. Nesta passagem, o comandante Nascimento questiona o menino se ele sabia quem havia matado seu amigo, o menino assustado diz que não e após muita insistência diz que havia sido a tropa, mas o comandante é muito claro e enfático ao dizer “Você errou, quem matou seu amigo foram vocês. Vocês que financiam isso aqui, a gente sobe no morro pra desfazer as c* de vocês!”, essa frase passa uma mensagem muito clara, e que se analisando friamente, é a mais pura realidade."

"Creio que esse filme seja um grande início para talvez haver uma conscientização maior do egoísmo de se queimar um, sem pensar nas conseqüências. É interessante pensar que cada vez que você compra um tijolo ou algo do tipo, você está colocando uma arma na mão de uma criança. Esta pra mim foi a mensagem principal do filme, fora isto, pesquisei bastante sobre o BOPE e minha opinião é muito clara, são heróis, uma rara ilha nesse país sem lei."

Rubens tem 22 anos. Esta é sua opinião. Deu vontade de ver logo o filme!!!

15 outubro 2007

Gabriel Guerra

Coincidentemente, no vôo que levou meu irmão Luciano e o Paulo Durante de Campinas para o Rio de Janeiro, onde eu os esperava para assistirmos o Campeonato Mundial de Passatempos, estavam os 2 Ricardos Guerras de Poços de Caldas. Ambos músicos. Um deles, estava embarcando para Angola para 3 meses de apresentações. O outro, também contador de nossa revista, estava indo ao Rio para o lançamento do quarto CD de seu filho Gabriel. A apresentação seria no Estrela da Lapa e ele nos convidou.
Fomos. O rapaz tá com tudo. Montou uma banda de primeira linha e está com umas músicas bem melodiosas. Seu show alterna momentos de puro romantismo com blues e pop. A presença de um cello tocado com arco dá um toque especial. E ele segura bem os vocais e sustenta tanto o violão como a guitarra com autoridade. Esse disco, Nobre Guerreiro, está sendo lançado pela Som Livre. Sucesso para ele. Talento tem de sobra!!!

14 outubro 2007

Pescar relaxa!

Sei que a pesca esportiva é considerada por muitos como uma crueldade com os animais. De fato tenho um pouco de pena dos peixes fisgados, mas os especialistas garantem que eles voltam para a água e conseguem levar uma vida normal. Sem maiores conseqüências. Existe sim um certo prazer mórbido em conseguir sacá-lo da água. É uma vitória. Um desafio.

Mas, o que mais me atrai é o fator relaxamento. É impressionante como pode-se passar horas a fio tentando capturar os animais e sem pensar em absolutamente NADA que cause preocupação. A mente se esvazia completamente. Relaxa mesmo. A atenção fica toda nos anzóis, varas, carretilhas, iscas, arremessos e em mais nada.

Junta-se a isso uma turma de amigos, boa comida, cerveja gelada, muita conversa fiada... Tá aí um programinha bom.

13 outubro 2007

Bruma cinzenta

A região da Argentina onde fomos pescar adota a técnica de queimada para limpar seus campos e pastos. Não muito diferente do Brasil. Isso faz com que o céu fique constantemente acinzentado, embaçado, já que estamos num período de falta de chuvas. Olhando para o horizonte, dava para ter uma idéia do tanto de fumaça que estava no ar. O alcance da visão era bem limitado. Mas, à tarde proporcionava um belo panorama, quando o sol começava a baixar, formava uma bola de fogo, perfeitamente redonda e alaranjada.
Esse aí acima é o Ângelo de São João da Boa Vista. Abaixo, mais um pouco do visual.

12 outubro 2007

Voltando

Após uma série de idas e vindas, estou voltando. Pretendo, nos próximos dias, postar bastante coisa sobre minha pescaria e sobre o Concurso Mundial de Passatempos. Preciso é arranjar tempo para escrever e editar tudo com as fotos. Ando na correria de novo porque logo começa nosso encontro de cruzadistas, em Poços. É isso: assunto não falta!