30 novembro 2007

Cambistas

A pedido do sobrinho Gabriel, fui ontem ao Parque Antárctica ver se conseguia comprar entradas para o jogo de domingo contra o Atlético Mineiro. Ele e mais 2 amigos estão loucos para ver esse decisivo embate. A esperança era de que haveria ingressos de numerada, já que as arquibancadas estavam esgotadas desde quarta. Nada. Nem numeradas cobertas nem descobertas.

Solução? Cambistas!!! Acabei pagando uma nota preta por 3 ingressos de arquibancada que provavelmente ele conseguiu de graça, já que esses assentos estavam sendo trocados por embalagens de uma bolacha da Nestlé, por conta de uma promoção.

São dezenas de cambistas, explorando a vontade esmeraldina de assistir um jogo importante, que pode levar o Palmeiras a disputar a Libertadores do ano que vem. Uma corja organizada que vive disso, às claras, nas barbas das autoridades civis e militares. Não dá pra entender. Os bares ao redor do estádio ficam cheios de homens maduros, fortes, tomando cerveja e esperando pelo próximo trouxa.

E além de pagar os olhos da cara, corre-se o risco de comprar um ingresso falsificado. Eu nunca havia comprado de cambista. E me senti mal, conivente com uma situação absurda. O que fazer? Você quer ver o jogo, não tem mais ingressos, o cambista tem pra vender... Estamos na mão deles. Eventos com lotação esgotada é certeza de lucro alto para esses negociantes.

29 novembro 2007

Desperdício

Penso que se cada um de nós controlasse o seu desperdício já estaríamos dando uma boa ajuda ao planeta. Não é uma tarefa simples e nem tão difícil também. Requer mudança de hábitos. Primeiro de tudo é livrar nossa mente do pensamento que diz que é sempre bom ter tudo sobrando, tudo em demasia, em excesso. Não sou a favor de se comportar como miserável, mas também não precisa ser esbanjador. Equilíbrio. Essa é a palavra.

Essa semana estava lendo uma reportagem que diz que gastamos o dobro da água necessária para um banho eficiente. Não custa desligar a água do chuveiro para se ensaboar e a da pia enquanto se escova os dentes.

As sacolas plásticas podem ser evitadas em algumas situações também. Ontem mesmo, comprei uma pomada na farmácia e saí com o produto dentro de uma sacola plástica. Não precisava. Preciso me acostumar a recusar.

Sou a favor de luz acesa somente se alguém está dentro do ambiente. Entrou acende, saiu apaga. Não precisa fazer as coisas no escuro, correndo o risco de dar uma topada em algum móvel. Mas, também não precisa acender todas as lâmpadas por onde se passa. Bom senso. É possível.

Continua....

28 novembro 2007

Greenpeace

O Greenpeace está promovendo uma campanha contra as queimadas na Amazônia. Eles pegaram um tronco enorme de uma árvore chamada Tauari, que foi queimada e estão expondo-o em algumas cidades brasileiras. Tiveram dificuldades para tirar o primeiro tronco escolhido, uma castanheira, de uma reserva no Pará. Os madeireiros não deixaram o Greenpeace sair com a árvore. Eles tiveram que pegar uma outra no Amazonas.

Tudo bem que essas promoções possam ajudar o órgão a conscientizar as pessoas e até arrecadar fundos para outras atividades, mas acho que o problema tem que ser combatido de uma forma mais ampla. Tem que pegar esses madeireiros e produtores de carvão e botar todo mundo na cadeia. Não adianta aplicar essas multas. Primeiro, que são baixas e segundo que eles não pagam mesmo. Enquanto não perseguir implacavelmente esses indivíduos, a floresta só vai diminuir. Não tem como controlar. O lugar é muito grande e a cobiça maior ainda. Os caras querem as árvores no chão. Na visão deles, ainda tem muita coisa para derrubar. Eles querem pasto!!!

Pra constar

Aquele show do Fábio Jr. é hoje. A Adriana desistiu de ir nesse. O compromisso continua assumido para uma próxima ocasião. Não sei quando, mas lá estarei, firme, ao lado de minha amada...

27 novembro 2007

"Thank you very dutch"

Confesso que fui ver a apresentação do guitarrista holandês Jan Akkerman meio desconfiado. Conheço pouco do trabalho solo dele, mas admiro demais o que ele fez com o Focus nos anos 70. E ainda iria se apresentar com um tecladista holandês chamado Mike Del Ferro e dois músicos brasileiros, Márcio Bahia na bateria e Ney Conceição no baixo. Completos desconhecidos para mim.

Foi só começar o show para qualquer desconfiança ir por água abaixo. Palco simples, sem nenhuma decoração. Pouco mais da metade das poltronas ocupadas. Mr. Akkerman meio coroão, 60 anos, mas enxuto. Ágil como sempre e melódico como nunca. Todo de preto, com um boné branco e um lenço estampado amarrado no pescoço. Um anel 'tremendão' no anular da mão direita completava o visual.

Começou num violão com cordas de aço, tocando algumas canções bem jazzísticas. Sempre bem-humorado, como quando agradeceu os aplausos com a frase que dá título a esse post. Comandava os outros músicos apenas com o olhar e pequenos gestos. Sempre no controle da situação. O restante da banda mostrou-se excelente. O pianista muito rápido e sem exageros. Os brasileiros formaram uma 'cozinha' de primeira.

Uma das supresas foi um dueto extremamente inusitado. Mike e Jan tocaram "Torna a Sorriento". Meu pai adorava essa canção. É uma antiga música napolitana. Foram ovacionados!?!?!?!

Eu nem esperava que ele tocasse algo do Focus, pois para mim ele tinha enveredado no jazz e tinha até apagado esse passado de sua carreira. Nas últimas 4 músicas ele pega uma guitarra surrada, como o violão, e dispara algumas músicas com um pouco de peso... Na última, encaixou um trecho de "Hocus Pocus". Já me dei por feliz. Só pelo o que show tinha sido até então já tinha valido muito a pena.

Mas, o bis começou com "Sylvia" no violão: confesso que dei uma engasgada... Adoro a música e essa versão meio acústica ficou linda demais. (http://youtube.com/watch?v=cH8lAl9pRe8)

E ele ainda disparou um "Hocus Pocus" bem pesadão. Certamente, que Thijs Van Leer faz falta a essa canção. Mas, o nosso baixista encaixou um "Mas que nada", de Jorge Ben, que ficou excelente. Muito bacana!!! A Adriana e o Marcelo também gostaram. Nunca pensei que algum dia faria um programa familiar ao som de Jan Akkerman. É... o mundo nos reserva surpresas.

26 novembro 2007

Auditório do Ibirapuera

Sábado à noite fui com a Adriana e o Marcelo assistir o show de Jan Akkerman, ex-guitarrista do Focus, no Auditório do Ibirapuera. O post sobre esse evento virá em breve. Hoje, quero falar sobre essa sala de concertos.
"A gente sente uma paz tão grande quando entra aqui, né?", essa frase foi dita pela Adriana, assim que chegamos ao local, situado dentro do Parque do Ibirapuera. Realmente, é uma construção grande, vermelha e branca, com uma belíssima escultura de Tomie Ohtake que vai das paredes ao teto e uma rampa que leva à sala de espetáculos, que trazem mesmo uma sensação de isolamento, de tranqüilidade.

O projeto é de Oscar Niemeyer, dos anos 50. Mas, foi inaugurado apenas em outubro de 2005, graças à iniciativa da Tim, que construiu e entregou à Prefeitura paulistana. E o melhor é que é um local usado para música de qualidade (pelo menos para o meu gosto...). Sempre a preços módicos. Sem exploração.

O auditório também é bem simples e confortável, com capacidade para 800 pessoas. De todos os lugares vê-se e escuta-se bem os artistas. Eu ainda não vi, mas no fundo do palco tem uma porta de 20 metros que se abre e permite que o show seja visto pelo público da área externa, que fica espalhado num gramadão.

24 novembro 2007

Sucessão Familiar

Estive com Paula, irmã, e Rubens, sobrinho, em uma palestra cujo tema era "Sucessão Familiar". O evento foi no auditório da Abigraf na última quinta-feira. Tema interessante e essencial, especialmente para quem tem empresas em que a família está envolvida de alguma forma.
O palestrante, Domingos Ricca, tem uma empresa de consultoria e conta histórias interessantes e curiosas sobre administrações que envolvem pais, filhos, noras, genros, sócios, esposas de sócios e funcionários sempre envolvidos em situações que a gente já viveu ou sabe de alguém que já passou por algumas delas.
O tema tem sido amplamente debatido e pesquisado por empresas e publicações e está sendo estudado em profundidade. O que acaba sendo muito bom.
Uma máxima que ele recordou na palestra:

"Pai rico
Filho nobre
Neto pobre"

Reflitamos.

21 novembro 2007

Auguri Cibioliva

No sábado passado, tivemos a honra de sermos convidados para a primeira degustação do azeite Cibioliva, importado pelo Gabriel Bertozzi, meu cunhado. Foi uma cerimônia familiar e doméstica na casa da dona Ieda, mãe dele.

O azeite é uma delícia.

Ele trouxe um pequeno carregamento da Úmbria, região do centro da Itália, com um dos melhores azeites do mundo, segundo os especialistas. É bom lembrar que 100% do azeite consumido no Brasil é importado. Nem sempre puro e nem sempre de boa qualidade.

O Cibioliva é parte de um plano abrangente que pretende criar um pólo de produção de oliva na região de Poços de Caldas. O clima e o solo são altamente propícios para o desenvolvimento de oliveiras. E existe a possibilidade de uma empresa da Úmbria instalar-se na região para a produção do primeiro azeite nacional.

Gabriel tem se empenhado muito nesse projeto e sua confiança é contagiante. Por acreditar piamente nessa idéia, tem influenciado outros agricultores, produtores rurais, agrônomos e leigos (inclusive eu) e a possibilidade de tudo se concretizar é grande. E já está começando...

20 novembro 2007

Vingança???

A Adriana foi comigo assistir o show da Yoko. Ontem, ela descobriu que ainda este mês vai ter show do Fábio Jr. aqui em São Paulo. E quer porque quer ver...
Vou ter que levá-la... Ela merece!!!!
Mas, será uma tarefa hercúlea...

18 novembro 2007

Paciência

Atribuído a Arnaldo Jabor, mas tenho cá minhas dúvidas:

PACIÊNCIA
(Arnaldo Jabor)

"Ah! Se vendessem paciência nas farmácias e supermercados... Muita gente iria gastar boa parte do salário nessa mercadoria tão rara hoje em dia.

Por muito pouco a madame que parece uma 'lady' solta palavrões e berros que lembram as antigas 'trabalhadoras do cais'... E o bem comportado executivo? O 'cavalheiro' se transforma numa 'besta selvagem' no trânsito que ele mesmo ajuda a tumultuar...
Os filhos atrapalham, os idosos incomodam, a voz da vizinha é um tormento, o jeito do chefe é demais para sua cabeça, a esposa virou uma chata, o marido uma 'mala sem alça'. Aquela velha amiga uma 'alça sem mala', o emprego uma tortura, a escola uma chatice.

O cinema se arrasta, o teatro nem pensar, até o passeio virou novela. Outro dia, vi um jovem reclamando que o banco dele pela internet estava demorando a dar o saldo, eu me lembrei da fila dos bancos e balancei a cabeça, inconformado...

Vi uma moça abrindo um e-mail com um texto maravilhoso e ela deletou sem sequer ler o título, dizendo que era longo demais.

Pobres de nós, meninos e meninas sem paciência, sem tempo para a vida, sem tempo para Deus.
A paciência está em falta no mercado, e pelo jeito, a paciência sintética dos calmantes está cada vez mais em alta.

Pergunte para alguém, que você saiba que é 'ansioso demais' onde ele quer chegar?
Qual é a finalidade de sua vida?
Surpreenda-se com a falta de metas, com o vago de sua resposta.

E você?
Onde você quer chegar?
Está correndo tanto para quê?
Por quem?
Seu coração vai agüentar?
Se você morrer hoje de infarto agudo do miocárdio o mundo vai parar?
A empresa que você trabalha vai acabar?
As pessoas que você ama vão parar?
Será que você conseguiu ler até aqui?

Respire... Acalme-se...

O mundo está apenas na sua primeira volta e, com certeza, no final do dia vai completar o seu giro ao redor do sol, com ou sem a sua paciência...
NÃO SOMOS SERES HUMANOS PASSANDO POR UMA EXPERIÊNCIA ESPIRITUAL...
SOMOS SERES ESPIRITUAIS PASSANDO POR UMA EXPERIÊNCIA HUMANA..."

15 novembro 2007

Seu Martinho

Não é fácil falar nessas horas em que nos falta o chão. Seu Martinho ajudou-nos a criar o que o Encontro é hoje: uma reunião de amigos. Ele entrou tanto no espírito de família que nós exaltamos, que trazia a própria família para participar. Ria e chorava com a mesma facilidade, demontrando uma sensibilidade ímpar para versos e músicas. Com sua voz potente, enchia sempre as reuniões improvisadas de canções belíssimas e nos fazia rir com suas trovas declamadas com entonação perfeita. Misturava conhecimento e inteligência e exalava sabedoria. Nem as fortes dores que o atormentaram nesse último Encontro tiravam seu bom humor contagiante. Um símbolo!

Aproveito para publicar os versos de Maiakóvski que seu Martinho, junto com os outros participantes do Encontro, resolveu no concurso individual deste ano:

"Até logo, até logo, companheiro,
Guardo-te no meu peito e te asseguro:
O nosso afastamento passageiro
É sinal de um encontro no futuro."

14 novembro 2007

Tá demais

Eu já não aceitava direito a idéia de nossas festas de peão estarem virando festas country. Não gosto de rodeios, mas achava bacana o encontro da peãozada para curtir um som sertanejo de raiz, fazer cavalhadas, romarias, etc... Agora, a coisa ficou totalmente americanizada. Na pior forma. Danças coreografadas ao som de country music, chapelões, cintos com fivelas enormes, botas cowboy, entre outras coisas. Perdeu-se a origem? Não sei. Não freqüento, mas me parece que sim.

E o tal Halloween? Mais uma moda yankee que veio para ficar? Espero que não, mas pelo andar da carruagem, vai ser difícil tirar esse hábito das crianças de hoje em dia. Outro dia, tocou a campainha aqui de casa e três crianças fantasiadas pediam "doces ou travessuras"... Fala sério?

A proximidade do Natal traz outra moda já arraigada em nosso calendário: o Natal com neve... Até isso importamos. Nem música de Natal temos direito. Vira-e-mexe me pego assoviando "I wish you a merry Christmas".

Será que vamos conseguir criar uma tradição brasileira nessas comemorações? Ressuscitar a verdadeira festa do peão, ou um dia das Bruxas com curupiras, sacis e mulas-sem-cabeça, ou um Papai Noel mais tropical. Não acho que seja possível tão cedo.

Mas, aí você me pergunta:
— E você Adriano? Reclama tanto do imperialismo norte-americano e continua ouvindo seu bom e velho rock'n'roll? Você também não é um colonizado?

— Oh yes!!!

Falar o quê???

13 novembro 2007

Mais um pouco da Yoko

Yoko na abertura da exposição (Foto do Júlio)

No sábado passado fui com o Marcelo ver a exposição dos trabalhos da Yoko Ono no Centro Cultural Banco do Brasil. O lugar é muito bonito, como aliás o centro de São Paulo todo está ficando. A Adriana já se deu por satisfeita com o show da quinta passada. Preferiu ir a um shopping. Eu a compreendo...
A exposição me surpreendeu. É bem interessante. Alguns trabalhos significativos e atraentes. Yoko, como artista plástica, tem sua fama, seu espaço nesse meio. E, de fato, é um trabalho abrangente, usando esculturas, desenhos, pinturas, filmes, entre outros materiais. Os filmes são passados dentro de um antigo cofre do banco. Um atrativo a mais.

Uma obra que me marcou foi a famosa escada com a lupa (Ceiling Painting), que foi a criação que fez John Lennon conhecer a artista japonesa. Nesse tablado suspenso está escrita a palavra "yes", bem pequenininho....

Meus amigos Júlio e Beto foram à abertura da exposição e estiveram com Yoko pessoalmente. Simpática e surpresa com o assédio, ela riu bastante e deu autógrafos. Perdi essa!!!

12 novembro 2007

Confesso que neguei

Tudo pronto para a corrida da Nike: inscrição feita há dois meses, carboidratos na bolsa, kit retirado, camiseta, calção e tênis separados. Despertador programado para 5:50h. Assim que ele soou, como num sonho, ouvi trovões e uma forte chuva assolou São Paulo. Ainda me levantei, esperei um pouco... A chuva não melhorava. Desisti. Deitei e dormi de novo. Gostoso...

Eu já não tava muito preparado fisicamente. Levantei definitivamente por volta das 10 horas, coloquei a camiseta da corrida, fiz com a Adriana os serviços domésticos dominicais e saímos para almoçar com o Luciano, que chegara há pouco de Poços. Cedemos ao irresistível convite de acompanhá-lo a uma churrascaria. E recuperar as calorias que não havia queimado na corrida...

Ainda com a camiseta que deveria ter usado na corrida, consolo-me com um chopinho.

10 novembro 2007

Uma Noite com Yoko Ono 2

Acho que preciso evoluir muito pra entender certas manifestações artísticas. No ano passado estive na Bienal de Artes de São Paulo e saí sem entender muita coisa. Ontem, na apresentação da Yoko, foi mais ou menos a mesma coisa.
Postal distribuído na entrada
junto com uma lanterna.

Havia um certo constrangimento no ar. Tinha hora que eu achava que os músicos iam cair na risada. Ouvia-se aqui e ali alguns risos contidos. Eu mesmo tive um acesso de riso junto com a Adriana que não deu pra controlar. É muito estranho ver uma senhora de 74 anos, enfiada dentro de um saco transparente, gemendo, grunhindo e urrando no microfone, enquanto o telão mostra o close de dois peitos cobertos por um sutiã e duas mãos tentando abri-lo.... Confesso que chorei de rir... Sem contar a dança com a cadeira e a entrada no palco com um saco na cabeça!
Uma atração à parte foi o público. Logo na entrada podia-se ver personagens da fauna paulistana das artes plásticas. Gente vestida de forma diferente, tecidos e estampas não usuais, com muita cor, cabelos fora do padrão.... Supla, César Giobbi, Otávio Müller, Teresa Collor de Melo circulavam por lá... E não tinha muita gente. Calculo que umas 500 pessoas no máximo. Eu e a Adriana que destoávamos. Eu tava me sentindo super-careta... hehehe.
Fotos dos 'chiques e famosos' do evento podem ser vistas aqui: http://glamurama.ig.com.br/galerias/026501-027000/26996/26996.html
Mas, acabei gostando do programa. Um teatro belíssimo, uma apresentação diferente, um público descolado e meu fígado desopilado.

Nesse link pode-se ler o comentário do Estadão sobre o show: http://www.estadao.com.br/arteelazer/not_art78131,0.htm .

Foto do palco minimalista. Ao fundo,
uma foto de Yoko quando menininha.

09 novembro 2007

Uma Noite com Yoko Ono

Decidi dividir a experiência de assistir a apresentação de Yoko Ono em dois posts. Hoje, farei um texto mais jornalístico, informativo. Amanhã, coloco minhas impressões pessoais.

"A artista plástica Yoko Ono, viúva do ex-beatle John Lennon, fez ontem no Teatro Municipal de São Paulo uma única apresentação em terras brasileiras. Acompanhada por cinco músicos brasileiros, quatro percussionistas (entre eles Osvaldinho da Cuíca) e um tecladista, Yoko cantou, dançou e declamou versos em meio a um cenário minimalista.

Na entrada, recebia-se um postal e uma lanterninha. Um enorme telão de fundo passava imagens e montagens, usando fotos e filmes de John Lennon, no meio do palco um tablado coberto por um tapete e bem na boca do palco um tabuleiro de xadrez iluminado e com todas as peças brancas.

Yoko entrou no palco vestida toda de branco e com um chapéu. Em seguida, passou a tirar toda roupa de cima, ficando apenas com uma camiseta e uma calça tipo pescador pretas. Com essa indumentária e seus óculos escuros, que não tirou em nenhum momento, ela começou a dançar com uma cadeira. A segunda performance começa com ela sendo trazida por um assistente até o microfone com a cabeça enfiada em um saco preto.

A apresentação durou apenas uma hora e alternou momentos mais líricos com alguns um pouco tristes. O ponto alto da noite certamente ficou para o final. Ela puxa um sambão com seus músicos, ensaia alguns passos, chuta as peças do xadrez, joga-as para o público e sai do palco com um ar feliz. Agradece muito aos músicos e se retira sem muito alarde, enquanto o público a saúda de pé."

08 novembro 2007

Tropa de Elite: minha visão

Assisti ontem ao "Tropa de Elite", em versão pirata (sacrilégio!!!). Gostei do filme. É perturbador, violento e chocante. Desperta um sentimento de revolta pelos desmandos da Polícia Militar, mas ao mesmo tempo parece que acende uma luz de esperança.

Algumas considerações:
1) O filme é um retrato realista e brutal de como funcionam as coisas no Rio de Janeiro. É um panorama localizado. Não é o reflexo do que ocorre no resto do país. Acho essencial levar esse fator em conta quando se for analisar o filme.

2) Wágner Moura é um ótimo ator. Representou muito bem o capitão Nascimento. Creio que entrou para o rol dos personagens clássicos nacionais.

3) Dá o que fazer pra gente se livrar daquele funk do começo do filme... Ficou martelando na minha cabeça por horas.

4) Acho que brasileiro aprendeu mesmo a fazer cinema-padrão-americano. O filme tem ritmo, cenas de ação bem feitas, som de primeira.

06 novembro 2007

Poesia

Mário Quintana é um poeta gaúcho, falecido em 1994, aos 85 anos. Ele tem uns versos muito bacanas. Sempre com uma abordagem simples de temas muito comuns a todos nós. Peguei dois trechos que vi por aí nos últimos dias.
"Quem não compreende um olhar, tampouco compreenderá uma longa explicação."

"Essa vida é uma estranha hospedaria
De onde se parte quase sempre às tontas
Pois nunca as nossas malas estão prontas
E a nossa conta nunca está em dia."
(Mário Quintana)

Valores materiais

Estou cada vez mais querendo me desapegar dos valores materiais. Mas, tive uma recaída feia nesse feriado passado.

Minha coleção dos Beatles estava toda encaixotada desde que aluguei meu apartamento de Poços. Comecei a ficar preocupado com o estado de conservação dela e mandei fazer um móvel para guardá-la na casa da minha mãe.

Confesso que fiquei um tanto emocionado ao abrir as caixas e começar a arrumas os CDs, compactos, LPs, DVDs, Fitas VHS, livros, revistas, badulaques, etc. Afinal, são tantos anos juntando coisas. Parecia que cada item me trazia uma recordação diferente.

Acho coleções um negócio bacana. Qualquer que seja ela. Se for feita com paixão, entusiasmo, dedicação, qualquer uma fica rica.

Nesse mesmo dia aconteceu uma feliz coincidência, o sr. Carlos Rosa me presenteou com 2 DVDs norte-americanos de documentários dos Beatles que eu ainda não tinha.

E ainda está se aproximando o dia que vou assistir uma 'apresentação' de mrs. Lennon: YOKO ONO. Próxima quinta-feira. Teatro Municipal de São Paulo. Aguardem detalhes.

05 novembro 2007

Adesivo

Há tempos que vejo aqui por São Paulo um adesivo de lataria de automóveis com o escrito "Amo BH Radicalmente" e a figura de uma pessoa fazendo rapel. Pensei em fazer um na mesma linha homenageando Poços de Caldas.


Bolei mais ou menos o desenho que queria e passei pro Thiago Pagin criar o adesivo. O resultado é esse aí. Eu gostei. Se alguém quiser um, é só me avisar que mando pelo Correio. Temos na versão preta, para carros de pintura mais clara, e na versão branca, para carros de pintura mais escura.

02 novembro 2007

Alimentando cizânias

"Vamos fazer uma copa para argentino nenhum botar defeito". Com essa infeliz frase, nosso presidente da República, Luis Inácio, encerrou seu discurso no dia do anúncio oficial da FIFA, confirmando o Brasil como sede da Copa do Mundo de Futebol de 2014. O evento se deu em Genebra, Suíça, diante dos mais importantes representantes do futebol mundial. Estavam lá Beckenbauer, Platini, Joseph Blatter, entre outros.
Nosso estadista mostrou-se apenas como um torcedor e não como o representante de uma nação que quer mudar sua imagem diante do mundo. A Copa é o maior evento esportivo da Terra. É impressionante seu alcance. E qual o sentido de provocar nossos vizinhos argentinos com uma frase tão sem sentido? Pelo contrário, penso até que ele poderia ter aproveitado a oportunidade para convocar a população argentina para participar também desse evento. Seria uma forma de unir nossos povos, já tão friamente separados pelo idioma.
Pessoalmente, sou a favor da realização da Copa no Brasil, mas acho que já começamos mal. Primeiro, com a caravana da alegria promovida pela CBF que levou mais de 10 governadores, entre outros convidados, para a Suíça. Depois, pela ausência de Pelé na cerimônia. E principalmente, pela descabida frase do nosso principal mandatário.
Alguns já manifestaram o temor do mal uso das verbas públicas que serão investidas na construção e reforma de estádios e implementação de sistemas de transporte e comunicação necessários para um evento desse porte.
Vamos acompanhar de perto o desenrolar dos fatos... Espero que possamos fazer uma festa de primeira.