Acho que preciso evoluir muito pra entender certas manifestações artísticas. No ano passado estive na Bienal de Artes de São Paulo e saí sem entender muita coisa. Ontem, na apresentação da Yoko, foi mais ou menos a mesma coisa.
Postal distribuído na entrada
junto com uma lanterna.
Havia um certo constrangimento no ar. Tinha hora que eu achava que os músicos iam cair na risada. Ouvia-se aqui e ali alguns risos contidos. Eu mesmo tive um acesso de riso junto com a Adriana que não deu pra controlar. É muito estranho ver uma senhora de 74 anos, enfiada dentro de um saco transparente, gemendo, grunhindo e urrando no microfone, enquanto o telão mostra o close de dois peitos cobertos por um sutiã e duas mãos tentando abri-lo.... Confesso que chorei de rir... Sem contar a dança com a cadeira e a entrada no palco com um saco na cabeça!
Uma atração à parte foi o público. Logo na entrada podia-se ver personagens da fauna paulistana das artes plásticas. Gente vestida de forma diferente, tecidos e estampas não usuais, com muita cor, cabelos fora do padrão.... Supla, César Giobbi, Otávio Müller, Teresa Collor de Melo circulavam por lá... E não tinha muita gente. Calculo que umas 500 pessoas no máximo. Eu e a Adriana que destoávamos. Eu tava me sentindo super-careta... hehehe.
Fotos dos 'chiques e famosos' do evento podem ser vistas aqui: http://glamurama.ig.com.br/galerias/026501-027000/26996/26996.html
Mas, acabei gostando do programa. Um teatro belíssimo, uma apresentação diferente, um público descolado e meu fígado desopilado.
Nesse link pode-se ler o comentário do Estadão sobre o show: http://www.estadao.com.br/arteelazer/not_art78131,0.htm .
Foto do palco minimalista. Ao fundo,
uma foto de Yoko quando menininha.
Por favor, desista então de ver a Dokumenta, uma exposição de (M)arte que acontece a cada 5 anos na cidade de Kassel. Nem em 142 encarnações eu conseguirei entender os critérios para chamarem certas coisas interplenetárias de arte.
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