31 dezembro 2007

A 2008


Acabou 2007. Foi um bom ano. Mais calmo em São Paulo. Marcelo e Adriana com saúde. Tudo tranqüilo com nossas vidas. Só isso já é suficiente para considerar 2007 um bom ano.
Desejo para todos, o que desejo para mim: saúde e sossego. Espero que possamos conviver mais com nossas famílias e amigos. Sempre bem!!! Sei que haverão percalços, momentos de intranqüilidade, fraqueza, desânimo. Mas, tenhamos sempre em mente que tudo há de passar. Com paciência, raciocínio e equilíbrio, os obstáculos serão removidos sim...
Vamos lá!!!

29 dezembro 2007

Tim Maia

A patroa Adriana e a irmã Paula estiveram no Rio de Janeiro no começo de dezembro. Numa andança pelo Leblon pararam na Livraria Argumento onde coincidentemente acontecia uma tarde de autógrafos de Nelson Motta. Ele está lançando uma biografia de Tim Maia, chamada 'Vale Tudo'.

A Adriana comprou um livro pra mim e pediu para ele autografar: "Para Adriano, com abraços musicais, Nelson Motta". Considero Tim Maia um caso raro na música brasileira. Tem uma voz poderosa, consegue cantar músicas extremamente românticas, fazer improvisos e cair na 'suingueira rasgada'. Ele tem muitas músicas boas. Daquelas que a gente gostava, mesmo sem saber que era dele...

28 dezembro 2007

Carros de som

Prática proibida em boa parte do país (não tenho números), os carros de som são uma coisa sem explicação. É uma propaganda abusiva, que o público é obrigado a escutar, sem ter a opção de não fazê-lo.

Se não quero ver uma propaganda de revista, viro a página.

Se não quero escutar uma propaganda de rádio, mudo de estação.

Se não quero assistir uma propaganda de TV, troco de canal.

Se não quero olhar para uma propaganda de outdoor, viro o rosto.

Mas, as propagandas de carro de som são impositivas. Não há como fugir delas. Altas, de baixa qualidade, chatas, irritantes. Chegam aos nossos ouvidos sem termos como evitá-las. E esses carros ainda andam bem devagar pelas ruas. Especialmente, na época de Natal, atrapalha sobremaneira o trânsito. Tumultuando ainda mais o centro da cidade.

Entendo o lado das pessoas que ganham dinheiro com esse serviço, mas elas podem usar seu esforço de outra maneira. Essa nã dá.

27 dezembro 2007

Mico...

Os micos do ano são muitos, mas um deles, para mim, foi especialmente engraçado.

O presidente da Odepa, na cerimônia de abertura do Pan do Rio começa seu discurso com a palavra "Hoy" (hoje, em espanhol) e a multidão responde: ooooooooooooiiiiiiiiiiii. Isso duas vezes seguidas. Quem não viu, veja (retirado do Kibe Loco):

http://br.youtube.com/watch?v=osrbIdt6G7E

26 dezembro 2007

E o show?

Domingo passado, passou uma matéria no Fantástico sobre o último show da dupla Sandy & Júnior. Não vou entrar no mérito musical de ambos, o que me chamou a atenção na reportagem foi uma cena do último show. A filmagem pega uma imagem do palco, alcançando boa parte do público que estava de pé próximo ao palco. O que se vê são centenas de braços erguidos empunhando câmeras digitais, filmando a apresentação.
Já toquei nesse assunto aqui. Acho até que registrar um ou outro momento de um show ainda vai, mas tem gente que paga o ingresso e assiste a apresentação pelo monitor da câmera, enquanto registra cada segundo do espetáculo. Pra mim, é incompreensível e incoerente. Provavelmente, chega em casa e passa na televisão para assistir o show tranquilamente, sendo que esteve pessoalmente no local e passou o tempo todo filmando.
Quando vou a um show, o que mais me atrai é poder sentir o clima que 'rola' entre músicos e platéia, perceber detalhes da apresentação, isso não se capta com imagens... Mas, respeito as pessoas que pensam diferente...

24 dezembro 2007

Feliz Natal!!!

Uma montagem bacaninha como mensagem de Natal:
http://www.elfyourself.com/?id=1648844007
Que possamos renovar sempre. Perdoar e compreender.
Fazer nossa parte para tornar o mundo melhor.

19 dezembro 2007

Situações

O tiozão estaciona seu carrão em frente ao barzinho movimentado. Jovens circulam e outros bebem seu chope sentados. Ele encara a mocinha bonita, respira fundo e chega na mesa dela:

— Oi, posso sentar pra gente bater um papo?

Ela assustou um pouco, olhou para as amigas. Até que o coroa era boa pinta.

— Hummmm... pode, senta aí.

Ele anima.

— Muito prazer, eu sou o Marco Aurélio.

E estende a mão. Ela aperta a mão dele.

— Oi. Meu nome é Eneida.

Ele arregala os olhos.

— Que nome diferente. Uma moça tão nova com o nome de um personagem tão famoso.

Agora é a vez dela arregalar os olhos.

— Ah é? Personagem de que filme?

— Não é de filme. Eneida é o nome de um poema clássico de Virgílio.

Ela arregalou mais ainda os olhos.

— De quem?

— Sua mãe e seu pai devem ter escolhido esse nome por causa dessa obra. É um clássico. Só pode ter sido.

Ela balança a cabeça negativamente.

— Minha mãe diz que tinha uma costureira vizinha dela que tinha esse nome. Ela gostou e resolveu me batizar assim.

Ele achou melhor ir embora...

18 dezembro 2007

Expectativas

Por mais que eu me previna, não adianta. Crio expectativas e acabo me decepcionando, em algumas situações. A expectativa pode arruinar um programa, uma ocasião. Tem um ditado que diz: "o melhor da festa é esperar por ela". Interpreto como se o fato de você se preparar, ajudar a organizar, planejar é mais gostoso do que o momento da festa em si. Isto é, em geral, a festa não corresponde à expectativa que se tem dela.
Ontem, fui cheio de expectativa ver um coral italiano, da Sardenha, que se apresentaria na Basílica de Poços. Fui cheio de vontade de ver canções tradicionais natalinas, obras clássicas, em interpretação de pessoas que vivem onde o Natal também tem profundo significado religioso e histórico.
Se eu não tivesse tão cheio de expectativas, talvez pudesse até ter gostado. Mas, na hora que começou um rock progressivo, meio Rick Wakeman, com cerca de 30 vozes apenas fazendo um fundo, a decepção foi total... grande mesmo. Na terceira música, fiz feio: fui embora! Não era aquilo que eu queria ver.
Costumo não recomendar muito filmes, discos, livros, etc. justamente para não criar essas expectativas nas pessoas. Posso ter adorado alguma coisa que outra pessoa apenas goste. O impacto de alguma obra em mim pode ser diferente do efeito em outra pessoa. Tenho muito cuidado nessas recomendações.

13 dezembro 2007

Bom programa

Tem um programa da Globo News que assisto esporadicamente, mas que me agrada muito toda vez que o vejo. É o Mundo S.A., apresentado pelo jornalista Rodrigo Alvarez. Nesse link tem os horários e mais algumas informações:
http://globonews.globo.com/Jornalismo/Gnews/0,,7496,00.html
Segunda passada vi uma matéria nesse programa muito bacana. Sobre um site francês que aluga bolsas de griffe. Por módicos 60 euros, a cliente pode desfilar por uma semana com uma bolsa que custa 1.500 euros. Prada, Hermès, Louis Vuitton, Gucci, entre outras, estão entre as marcas oferecidas pelo site. Os preços variam conforme o valor da bolsa, que pode chegar a 6.000 euros no caso de lançamentos.
Segundo o gerente do site, que acaba de montar um showroom para que as clientes possam 'testar' as bolsas antes de alugar, a idéia é atender desde quem não tem dinheiro para comprar uma bolsa cara até a dondoca que apenas quer experimentar a bolsa por um tempo antes de ir à loja para adquiri-la.
Achei a idéia muito boa, pois tem muita mulher que não pode ver uma bolsa que já quer comprar. E, muitas vezes, não pode comprar por causa do preço. Com esse serviço, pelo preço de uma bolsa comum, ela pode desfilar com uma bolsa de griffe diferente por semana. Isso lá na França. Aqui tenho minhas dúvidas que uma idéia dessas vingue.
O endereço é http://www.feelchic.fr/.

11 dezembro 2007

Voltar ou não voltar para o Brasil?

Há anos que acompanho de longe os fatos e acontecimentos dos imigrantes brasileiros no exterior, especialmente nos Estados Unidos. A imprensa agora tem noticiado que muitos brasileiros têm feito o caminho de volta. O motivo alegado é a baixa cotação do dólar perante o real e as dificuldades encontradas para se arranjar alguns documentos importantes para quem mora lá, como carteira de motorista e o social security.

É uma questão muito individual. Há brasileiros que estão lá legalmente, têm o green card (ainda cobiçadíssimo) e já se estabeleceram. Seus filhos estudam e suas famílias já se adaptaram à vida dos norte-americanos. Conseguem guardar um bom tanto de dinheiro e ainda enviam alguns dólares para o Brasil para ajudar seus pais ou investir em algum negócio por aqui. Muitos ainda sentem falta do Brasil, dos amigos, familiares e de outras coisas que somente se encontra na terra onde se nasce. Para esses, a crise do dólar não pode afetar, já que se voltarem para cá, muito provavelmente, não conseguirão ter o mesmo padrão de vida que mantêm lá.

Mas, há os que vivem na incerteza da ilegalidade. Morando em casas divididas com outros brasileiros. Trabalhando em subempregos, por mais de 10 horas por dia, fugindo de fiscalizações, sem documentos, enfrentando o preconceito e sentindo a falta da família. Creio que esses têm que analisar com muito cuidado, se todo esse esforço está valendo a pena. Com um desgaste menor, o padrão de vida poderia ser mantido aqui no Brasil, dependendo da cabeça de cada um.

O Brasil não está nenhuma maravilha, mas a economia deu uma melhorada nos últimos tempos. Há mais segurança (ou seria menos insegurança?).Outro dia, encontrei um garçom de Poços que trabalha em São Paulo há mais de 10 anos. Atende dois restaurantes por dia, seis dias por semana, já tem duas casas em Poços e está reformando uma terceira para alugar como ponto de comércio. Ele mora no Brasil, fala português e está há 3 horas de sua terra natal. É uma boa opção. Em alguns casos, para aqueles que realmente querem 'agarrar firme', a saída está mais próxima do que se imagina.

10 dezembro 2007

Sem Destino

Qual jovem da minha geração não sonhou em montar numa moto e sair estrada afora? Acho que esse desejo foi herdado da geração anterior que viveu todo o surgimento da contra-cultura e da revolução hippie. Tudo sintetizado no filme "Sem Destino" (Easy Rider), com Peter Fonda e Dennis Hopper. Eles montavam em suas choppers e saíam pelas estradas dos EUA, em aventuras e situações que marcaram toda a juventude da época.
E é fato, hoje em dia, a venda de motos classic e vintage no Brasil, de marcas como Honda e Harley Davidson é incrível. O que se vê de 'tiozões' pilotando essas máquinas pelas ruas e, especialmente, estradas de São Paulo é de chamar a atenção.

Na vinda para Poços, sábado passado, cruzamos com um comboio de mais de 100 motos, na rodovia dos Bandeirantes. Coisa linda. Todos em 2 fileiras de motos, a velocidade constante, em ritmo cadenciado. Paramos no Serra Azul e logo em seguida, eles chegaram. Foi uma festa. O Dudu Navarro tava lá no posto esperando para se juntar ao comboio. Ele me contou que iam todos até Joaquim Egídio para almoçar.

A grande maior parte era de Harleys mesmo. E de "tiozões" mesmo! E, dentro de mim, bateu o espírito easy rider. Deu vontade de largar tudo e sair pelo mundo afora.... No mais puro estilo "Born to be Wild".

Mas, passou rapidinho a vontade. Hoje em dia, caio na real com mais facilidade...

08 dezembro 2007

Poços de novo...

A partir de hoje, estaremos em Poços. Voltarei a escrever agora da cidade mais bela do sul de Minas, a cidade das Rosas.... Serão quase 2 meses por lá. Dá pra matar bem as saudades...

07 dezembro 2007

TV Digital

Ainda não cheguei a uma conclusão quanto a necessidade de aderir à TV digital. Por enquanto, estou só lendo aqui e ali sobre os recursos, vantagens e investimentos. Reproduzo abaixo trecho da coluna da Bárbara Gancia, na Folha de São Paulo de hoje, achei um interessante ponto de vista:

"O tópico de que vamos tratar aqui hoje é dos mais instigantes, mas poucos estão percebendo sua abrangência. Refiro-me à chegada da HDTV, a televisão digital em alta definição. Não sei não, mas não vejo o consumidor tapuia desembolsando R$ 800 por um aparelhinho que irá apenas melhorar a qualidade da imagem. Por que ele faria isso, se as telas planas em LCD ou plasma já oferecem ótima definição?

Ocorre que a TV digital é bem mais do que melhora na imagem. Veja só: no futuro próximo, o telespectador que estiver assistindo, digamos, ao seriado "24 Horas", poderá dar um zoom na camisa de Jack Bauer e, com um clique do botão do controle-remoto, descobrir que o artigo em questão é vendido pela Gap, custa x dólares e pode ser encontrado nas cores e tamanhos x, y ou z. Com mais um clique, o telespectador poderá colocar a camisa que o personagem de Kiefer Sutherland está vestindo em um carrinho de supermercado, como já faz em qualquer site de compras. E, como em qualquer Amazon da vida, o sistema traçará um perfil do consumidor baseado no seu histórico de compras. Você já adquiriu o DVD de tal filme, a roupa de tal loja e o CD daquele artista? Então irá gostar também deste ou daquele produto.

Trata-se de uma nova fronteira para a publicidade, em que filmes de alcance mundial, como a propaganda da Pepsi com David Beckham ou os anúncios de André Agassi para a Kia, perderão espaço para um marketing mais direcionado. E, como será o telespectador quem irá decidir a que horas e de que forma pretende assistir à programação oferecida, os intervalos comerciais terão de ser repensados e a publicidade, quem sabe, inserida diretamente na programação por meio de merchandising. É o mundo mezzo "Minority Report", mezzo Polishop batendo à porta. Não sei bem como será, mas quero estar preparada."

06 dezembro 2007

Segurança

Tocado pelo comentário do amigo Edson, abro um parêntese para comentar o assalto ao MacDonalds de Poços, na última segunda-feira. É incrível o que um grupo de jovens (me parece que o mais velho tinha 19 anos), com armas na mão, sob efeito de narcóticos, é capaz de fazer. A cidade virou um pandemônio. Muitas lojas e bancos não puderam abrir. Comerciantes e funcionários não puderam trabalhar. Policiais de Belo Horizonte tiveram que ser deslocados para negociarem com a molecada a libertação dos reféns. Alterou a rotina da cidade inteira. Virou uma verdadeira atração. Gente dos bairros mais distantes afluiu para o centro, só para poder ver tudo de mais perto. E olha que as TVs de Poços transmitiram ao vivo. Eu mesmo acompanhei boa parte da operação pela internet.
Nas poucas vezes que saio à noite em Poços, não me sinto seguro em circular pelas ruas do centro da cidade. Especialmente, pela presença de dezenas de 'manos' tomando seus tubões e circulando livremente. E não se vê a presença de policiais.
E não precisa ser de noite. No feriado mesmo, havia um grupo fumando seu 'baseado' sossegadamente na fonte da praça atrás do Pálace. Ao lado de casais de namorados, crianças andando de bicicleta, famílias passeando, idoso lendo seus livros....
Mesmo, na Assis, durante o dia, vê-se muito poucos policiais. Tem um ônibus horroroso da PM que fica estacionado em frente ao Unibanco.... e olha lá!

05 dezembro 2007

Um jab e um direto

Ontem, duas notícias em seguida me fizeram ir à nocaute. Primeiro, levei um jab, me deixou tonto e cambaleante. Alunos de 15 anos de 57 países foram avaliados pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O Brasil ficou nos últimos lugares nas 3 matérias analisadas: em Matemática, ficou em 54º, à frente apenas do Quirziquistão, do Catar e da Tunísia!!!! Em Ciências, ficamos em 52º e e, Leitura em 49º!!!! Nossos alunos não conseguem interpretar o que lêem!!!
E o direto foi a não-cassação do mandato do senador Renan Calheiros. Fui à lona... Ele renunciou à presidência da casa, mas seu comparsas não o cassaram!!! Um acordo imenso entre políticos, líderes e partidos para a aprovação da CPMF. Uma decisão tomada não no plano das idéias e convicções, mas na troca de favores e benesses. Protegidos pelo anonimato do voto secreto, não podemos nem saber quem foi a favor e quem votou contra. Uma vergonha para essa classe já tão malvista em nosso país. E na maior cara de cínico, o sr. Calheiros disse que sai de 'alma lavada'. Rindo de nossa cara.
Na minha opinião, mudar esse quadro passa necessariamente pela educação de nossos jovens. Em alguns anos, poderíamos ter uma geração que pensa e age com civilidade e pensando no coletivo. Mas, a julgar pelos resultados da avaliação do OCDE, esse dia ainda vai demorar e muito.
Outro dia me disseram que a capital do Brasil deveria ser mais próxima ao Rio ou a São Paulo. Até faz sentido. Ficaria mais fácil de mostrarmos nossa indignação. De cobrarmos os deputados, senadores e ministros. Quando se fala em Brasília por aqui, parece que é em outro país. É fora de mão... Diante da passividade de nosso povo (eu incluído!), até não sei se adiantaria muito. Somos muito indolentes e pacíficos. Não é possível que vamos continuar aceitando essa degradação sem fazer nada.

03 dezembro 2007

Solidariedade

Envio meus votos de solidariedade aos meus muitos amigos corintianos. Meu Palmeiras já passou uma temporada na segundona e sei que não é fácil. Em breve, voltaremos a disputar emocionantes clássicos na primeira. Passa depressa....

02 dezembro 2007

Atendimento

Comentário de um conhecido nosso, gerente de uma loja de artigos esportivos em São Paulo, a respeito do comércio nos shoppings da capital paulista:
"O público consumidor paulista não se importa tanto com o preço, eles querem serviço. Se o atendimento for bom, eles pagam o que você pedir."
É pra se pensar.... Tenho reparado mesmo como o atendimento aqui, em geral, tem sido bem feito. Eles estão dando muita atenção no tratamento dos clientes. Seja em lojas, farmácias, restaurantes, supermercados ou bancos.

30 novembro 2007

Cambistas

A pedido do sobrinho Gabriel, fui ontem ao Parque Antárctica ver se conseguia comprar entradas para o jogo de domingo contra o Atlético Mineiro. Ele e mais 2 amigos estão loucos para ver esse decisivo embate. A esperança era de que haveria ingressos de numerada, já que as arquibancadas estavam esgotadas desde quarta. Nada. Nem numeradas cobertas nem descobertas.

Solução? Cambistas!!! Acabei pagando uma nota preta por 3 ingressos de arquibancada que provavelmente ele conseguiu de graça, já que esses assentos estavam sendo trocados por embalagens de uma bolacha da Nestlé, por conta de uma promoção.

São dezenas de cambistas, explorando a vontade esmeraldina de assistir um jogo importante, que pode levar o Palmeiras a disputar a Libertadores do ano que vem. Uma corja organizada que vive disso, às claras, nas barbas das autoridades civis e militares. Não dá pra entender. Os bares ao redor do estádio ficam cheios de homens maduros, fortes, tomando cerveja e esperando pelo próximo trouxa.

E além de pagar os olhos da cara, corre-se o risco de comprar um ingresso falsificado. Eu nunca havia comprado de cambista. E me senti mal, conivente com uma situação absurda. O que fazer? Você quer ver o jogo, não tem mais ingressos, o cambista tem pra vender... Estamos na mão deles. Eventos com lotação esgotada é certeza de lucro alto para esses negociantes.

29 novembro 2007

Desperdício

Penso que se cada um de nós controlasse o seu desperdício já estaríamos dando uma boa ajuda ao planeta. Não é uma tarefa simples e nem tão difícil também. Requer mudança de hábitos. Primeiro de tudo é livrar nossa mente do pensamento que diz que é sempre bom ter tudo sobrando, tudo em demasia, em excesso. Não sou a favor de se comportar como miserável, mas também não precisa ser esbanjador. Equilíbrio. Essa é a palavra.

Essa semana estava lendo uma reportagem que diz que gastamos o dobro da água necessária para um banho eficiente. Não custa desligar a água do chuveiro para se ensaboar e a da pia enquanto se escova os dentes.

As sacolas plásticas podem ser evitadas em algumas situações também. Ontem mesmo, comprei uma pomada na farmácia e saí com o produto dentro de uma sacola plástica. Não precisava. Preciso me acostumar a recusar.

Sou a favor de luz acesa somente se alguém está dentro do ambiente. Entrou acende, saiu apaga. Não precisa fazer as coisas no escuro, correndo o risco de dar uma topada em algum móvel. Mas, também não precisa acender todas as lâmpadas por onde se passa. Bom senso. É possível.

Continua....

28 novembro 2007

Greenpeace

O Greenpeace está promovendo uma campanha contra as queimadas na Amazônia. Eles pegaram um tronco enorme de uma árvore chamada Tauari, que foi queimada e estão expondo-o em algumas cidades brasileiras. Tiveram dificuldades para tirar o primeiro tronco escolhido, uma castanheira, de uma reserva no Pará. Os madeireiros não deixaram o Greenpeace sair com a árvore. Eles tiveram que pegar uma outra no Amazonas.

Tudo bem que essas promoções possam ajudar o órgão a conscientizar as pessoas e até arrecadar fundos para outras atividades, mas acho que o problema tem que ser combatido de uma forma mais ampla. Tem que pegar esses madeireiros e produtores de carvão e botar todo mundo na cadeia. Não adianta aplicar essas multas. Primeiro, que são baixas e segundo que eles não pagam mesmo. Enquanto não perseguir implacavelmente esses indivíduos, a floresta só vai diminuir. Não tem como controlar. O lugar é muito grande e a cobiça maior ainda. Os caras querem as árvores no chão. Na visão deles, ainda tem muita coisa para derrubar. Eles querem pasto!!!

Pra constar

Aquele show do Fábio Jr. é hoje. A Adriana desistiu de ir nesse. O compromisso continua assumido para uma próxima ocasião. Não sei quando, mas lá estarei, firme, ao lado de minha amada...

27 novembro 2007

"Thank you very dutch"

Confesso que fui ver a apresentação do guitarrista holandês Jan Akkerman meio desconfiado. Conheço pouco do trabalho solo dele, mas admiro demais o que ele fez com o Focus nos anos 70. E ainda iria se apresentar com um tecladista holandês chamado Mike Del Ferro e dois músicos brasileiros, Márcio Bahia na bateria e Ney Conceição no baixo. Completos desconhecidos para mim.

Foi só começar o show para qualquer desconfiança ir por água abaixo. Palco simples, sem nenhuma decoração. Pouco mais da metade das poltronas ocupadas. Mr. Akkerman meio coroão, 60 anos, mas enxuto. Ágil como sempre e melódico como nunca. Todo de preto, com um boné branco e um lenço estampado amarrado no pescoço. Um anel 'tremendão' no anular da mão direita completava o visual.

Começou num violão com cordas de aço, tocando algumas canções bem jazzísticas. Sempre bem-humorado, como quando agradeceu os aplausos com a frase que dá título a esse post. Comandava os outros músicos apenas com o olhar e pequenos gestos. Sempre no controle da situação. O restante da banda mostrou-se excelente. O pianista muito rápido e sem exageros. Os brasileiros formaram uma 'cozinha' de primeira.

Uma das supresas foi um dueto extremamente inusitado. Mike e Jan tocaram "Torna a Sorriento". Meu pai adorava essa canção. É uma antiga música napolitana. Foram ovacionados!?!?!?!

Eu nem esperava que ele tocasse algo do Focus, pois para mim ele tinha enveredado no jazz e tinha até apagado esse passado de sua carreira. Nas últimas 4 músicas ele pega uma guitarra surrada, como o violão, e dispara algumas músicas com um pouco de peso... Na última, encaixou um trecho de "Hocus Pocus". Já me dei por feliz. Só pelo o que show tinha sido até então já tinha valido muito a pena.

Mas, o bis começou com "Sylvia" no violão: confesso que dei uma engasgada... Adoro a música e essa versão meio acústica ficou linda demais. (http://youtube.com/watch?v=cH8lAl9pRe8)

E ele ainda disparou um "Hocus Pocus" bem pesadão. Certamente, que Thijs Van Leer faz falta a essa canção. Mas, o nosso baixista encaixou um "Mas que nada", de Jorge Ben, que ficou excelente. Muito bacana!!! A Adriana e o Marcelo também gostaram. Nunca pensei que algum dia faria um programa familiar ao som de Jan Akkerman. É... o mundo nos reserva surpresas.

26 novembro 2007

Auditório do Ibirapuera

Sábado à noite fui com a Adriana e o Marcelo assistir o show de Jan Akkerman, ex-guitarrista do Focus, no Auditório do Ibirapuera. O post sobre esse evento virá em breve. Hoje, quero falar sobre essa sala de concertos.
"A gente sente uma paz tão grande quando entra aqui, né?", essa frase foi dita pela Adriana, assim que chegamos ao local, situado dentro do Parque do Ibirapuera. Realmente, é uma construção grande, vermelha e branca, com uma belíssima escultura de Tomie Ohtake que vai das paredes ao teto e uma rampa que leva à sala de espetáculos, que trazem mesmo uma sensação de isolamento, de tranqüilidade.

O projeto é de Oscar Niemeyer, dos anos 50. Mas, foi inaugurado apenas em outubro de 2005, graças à iniciativa da Tim, que construiu e entregou à Prefeitura paulistana. E o melhor é que é um local usado para música de qualidade (pelo menos para o meu gosto...). Sempre a preços módicos. Sem exploração.

O auditório também é bem simples e confortável, com capacidade para 800 pessoas. De todos os lugares vê-se e escuta-se bem os artistas. Eu ainda não vi, mas no fundo do palco tem uma porta de 20 metros que se abre e permite que o show seja visto pelo público da área externa, que fica espalhado num gramadão.

24 novembro 2007

Sucessão Familiar

Estive com Paula, irmã, e Rubens, sobrinho, em uma palestra cujo tema era "Sucessão Familiar". O evento foi no auditório da Abigraf na última quinta-feira. Tema interessante e essencial, especialmente para quem tem empresas em que a família está envolvida de alguma forma.
O palestrante, Domingos Ricca, tem uma empresa de consultoria e conta histórias interessantes e curiosas sobre administrações que envolvem pais, filhos, noras, genros, sócios, esposas de sócios e funcionários sempre envolvidos em situações que a gente já viveu ou sabe de alguém que já passou por algumas delas.
O tema tem sido amplamente debatido e pesquisado por empresas e publicações e está sendo estudado em profundidade. O que acaba sendo muito bom.
Uma máxima que ele recordou na palestra:

"Pai rico
Filho nobre
Neto pobre"

Reflitamos.

21 novembro 2007

Auguri Cibioliva

No sábado passado, tivemos a honra de sermos convidados para a primeira degustação do azeite Cibioliva, importado pelo Gabriel Bertozzi, meu cunhado. Foi uma cerimônia familiar e doméstica na casa da dona Ieda, mãe dele.

O azeite é uma delícia.

Ele trouxe um pequeno carregamento da Úmbria, região do centro da Itália, com um dos melhores azeites do mundo, segundo os especialistas. É bom lembrar que 100% do azeite consumido no Brasil é importado. Nem sempre puro e nem sempre de boa qualidade.

O Cibioliva é parte de um plano abrangente que pretende criar um pólo de produção de oliva na região de Poços de Caldas. O clima e o solo são altamente propícios para o desenvolvimento de oliveiras. E existe a possibilidade de uma empresa da Úmbria instalar-se na região para a produção do primeiro azeite nacional.

Gabriel tem se empenhado muito nesse projeto e sua confiança é contagiante. Por acreditar piamente nessa idéia, tem influenciado outros agricultores, produtores rurais, agrônomos e leigos (inclusive eu) e a possibilidade de tudo se concretizar é grande. E já está começando...

20 novembro 2007

Vingança???

A Adriana foi comigo assistir o show da Yoko. Ontem, ela descobriu que ainda este mês vai ter show do Fábio Jr. aqui em São Paulo. E quer porque quer ver...
Vou ter que levá-la... Ela merece!!!!
Mas, será uma tarefa hercúlea...

18 novembro 2007

Paciência

Atribuído a Arnaldo Jabor, mas tenho cá minhas dúvidas:

PACIÊNCIA
(Arnaldo Jabor)

"Ah! Se vendessem paciência nas farmácias e supermercados... Muita gente iria gastar boa parte do salário nessa mercadoria tão rara hoje em dia.

Por muito pouco a madame que parece uma 'lady' solta palavrões e berros que lembram as antigas 'trabalhadoras do cais'... E o bem comportado executivo? O 'cavalheiro' se transforma numa 'besta selvagem' no trânsito que ele mesmo ajuda a tumultuar...
Os filhos atrapalham, os idosos incomodam, a voz da vizinha é um tormento, o jeito do chefe é demais para sua cabeça, a esposa virou uma chata, o marido uma 'mala sem alça'. Aquela velha amiga uma 'alça sem mala', o emprego uma tortura, a escola uma chatice.

O cinema se arrasta, o teatro nem pensar, até o passeio virou novela. Outro dia, vi um jovem reclamando que o banco dele pela internet estava demorando a dar o saldo, eu me lembrei da fila dos bancos e balancei a cabeça, inconformado...

Vi uma moça abrindo um e-mail com um texto maravilhoso e ela deletou sem sequer ler o título, dizendo que era longo demais.

Pobres de nós, meninos e meninas sem paciência, sem tempo para a vida, sem tempo para Deus.
A paciência está em falta no mercado, e pelo jeito, a paciência sintética dos calmantes está cada vez mais em alta.

Pergunte para alguém, que você saiba que é 'ansioso demais' onde ele quer chegar?
Qual é a finalidade de sua vida?
Surpreenda-se com a falta de metas, com o vago de sua resposta.

E você?
Onde você quer chegar?
Está correndo tanto para quê?
Por quem?
Seu coração vai agüentar?
Se você morrer hoje de infarto agudo do miocárdio o mundo vai parar?
A empresa que você trabalha vai acabar?
As pessoas que você ama vão parar?
Será que você conseguiu ler até aqui?

Respire... Acalme-se...

O mundo está apenas na sua primeira volta e, com certeza, no final do dia vai completar o seu giro ao redor do sol, com ou sem a sua paciência...
NÃO SOMOS SERES HUMANOS PASSANDO POR UMA EXPERIÊNCIA ESPIRITUAL...
SOMOS SERES ESPIRITUAIS PASSANDO POR UMA EXPERIÊNCIA HUMANA..."

15 novembro 2007

Seu Martinho

Não é fácil falar nessas horas em que nos falta o chão. Seu Martinho ajudou-nos a criar o que o Encontro é hoje: uma reunião de amigos. Ele entrou tanto no espírito de família que nós exaltamos, que trazia a própria família para participar. Ria e chorava com a mesma facilidade, demontrando uma sensibilidade ímpar para versos e músicas. Com sua voz potente, enchia sempre as reuniões improvisadas de canções belíssimas e nos fazia rir com suas trovas declamadas com entonação perfeita. Misturava conhecimento e inteligência e exalava sabedoria. Nem as fortes dores que o atormentaram nesse último Encontro tiravam seu bom humor contagiante. Um símbolo!

Aproveito para publicar os versos de Maiakóvski que seu Martinho, junto com os outros participantes do Encontro, resolveu no concurso individual deste ano:

"Até logo, até logo, companheiro,
Guardo-te no meu peito e te asseguro:
O nosso afastamento passageiro
É sinal de um encontro no futuro."

14 novembro 2007

Tá demais

Eu já não aceitava direito a idéia de nossas festas de peão estarem virando festas country. Não gosto de rodeios, mas achava bacana o encontro da peãozada para curtir um som sertanejo de raiz, fazer cavalhadas, romarias, etc... Agora, a coisa ficou totalmente americanizada. Na pior forma. Danças coreografadas ao som de country music, chapelões, cintos com fivelas enormes, botas cowboy, entre outras coisas. Perdeu-se a origem? Não sei. Não freqüento, mas me parece que sim.

E o tal Halloween? Mais uma moda yankee que veio para ficar? Espero que não, mas pelo andar da carruagem, vai ser difícil tirar esse hábito das crianças de hoje em dia. Outro dia, tocou a campainha aqui de casa e três crianças fantasiadas pediam "doces ou travessuras"... Fala sério?

A proximidade do Natal traz outra moda já arraigada em nosso calendário: o Natal com neve... Até isso importamos. Nem música de Natal temos direito. Vira-e-mexe me pego assoviando "I wish you a merry Christmas".

Será que vamos conseguir criar uma tradição brasileira nessas comemorações? Ressuscitar a verdadeira festa do peão, ou um dia das Bruxas com curupiras, sacis e mulas-sem-cabeça, ou um Papai Noel mais tropical. Não acho que seja possível tão cedo.

Mas, aí você me pergunta:
— E você Adriano? Reclama tanto do imperialismo norte-americano e continua ouvindo seu bom e velho rock'n'roll? Você também não é um colonizado?

— Oh yes!!!

Falar o quê???

13 novembro 2007

Mais um pouco da Yoko

Yoko na abertura da exposição (Foto do Júlio)

No sábado passado fui com o Marcelo ver a exposição dos trabalhos da Yoko Ono no Centro Cultural Banco do Brasil. O lugar é muito bonito, como aliás o centro de São Paulo todo está ficando. A Adriana já se deu por satisfeita com o show da quinta passada. Preferiu ir a um shopping. Eu a compreendo...
A exposição me surpreendeu. É bem interessante. Alguns trabalhos significativos e atraentes. Yoko, como artista plástica, tem sua fama, seu espaço nesse meio. E, de fato, é um trabalho abrangente, usando esculturas, desenhos, pinturas, filmes, entre outros materiais. Os filmes são passados dentro de um antigo cofre do banco. Um atrativo a mais.

Uma obra que me marcou foi a famosa escada com a lupa (Ceiling Painting), que foi a criação que fez John Lennon conhecer a artista japonesa. Nesse tablado suspenso está escrita a palavra "yes", bem pequenininho....

Meus amigos Júlio e Beto foram à abertura da exposição e estiveram com Yoko pessoalmente. Simpática e surpresa com o assédio, ela riu bastante e deu autógrafos. Perdi essa!!!

12 novembro 2007

Confesso que neguei

Tudo pronto para a corrida da Nike: inscrição feita há dois meses, carboidratos na bolsa, kit retirado, camiseta, calção e tênis separados. Despertador programado para 5:50h. Assim que ele soou, como num sonho, ouvi trovões e uma forte chuva assolou São Paulo. Ainda me levantei, esperei um pouco... A chuva não melhorava. Desisti. Deitei e dormi de novo. Gostoso...

Eu já não tava muito preparado fisicamente. Levantei definitivamente por volta das 10 horas, coloquei a camiseta da corrida, fiz com a Adriana os serviços domésticos dominicais e saímos para almoçar com o Luciano, que chegara há pouco de Poços. Cedemos ao irresistível convite de acompanhá-lo a uma churrascaria. E recuperar as calorias que não havia queimado na corrida...

Ainda com a camiseta que deveria ter usado na corrida, consolo-me com um chopinho.

10 novembro 2007

Uma Noite com Yoko Ono 2

Acho que preciso evoluir muito pra entender certas manifestações artísticas. No ano passado estive na Bienal de Artes de São Paulo e saí sem entender muita coisa. Ontem, na apresentação da Yoko, foi mais ou menos a mesma coisa.
Postal distribuído na entrada
junto com uma lanterna.

Havia um certo constrangimento no ar. Tinha hora que eu achava que os músicos iam cair na risada. Ouvia-se aqui e ali alguns risos contidos. Eu mesmo tive um acesso de riso junto com a Adriana que não deu pra controlar. É muito estranho ver uma senhora de 74 anos, enfiada dentro de um saco transparente, gemendo, grunhindo e urrando no microfone, enquanto o telão mostra o close de dois peitos cobertos por um sutiã e duas mãos tentando abri-lo.... Confesso que chorei de rir... Sem contar a dança com a cadeira e a entrada no palco com um saco na cabeça!
Uma atração à parte foi o público. Logo na entrada podia-se ver personagens da fauna paulistana das artes plásticas. Gente vestida de forma diferente, tecidos e estampas não usuais, com muita cor, cabelos fora do padrão.... Supla, César Giobbi, Otávio Müller, Teresa Collor de Melo circulavam por lá... E não tinha muita gente. Calculo que umas 500 pessoas no máximo. Eu e a Adriana que destoávamos. Eu tava me sentindo super-careta... hehehe.
Fotos dos 'chiques e famosos' do evento podem ser vistas aqui: http://glamurama.ig.com.br/galerias/026501-027000/26996/26996.html
Mas, acabei gostando do programa. Um teatro belíssimo, uma apresentação diferente, um público descolado e meu fígado desopilado.

Nesse link pode-se ler o comentário do Estadão sobre o show: http://www.estadao.com.br/arteelazer/not_art78131,0.htm .

Foto do palco minimalista. Ao fundo,
uma foto de Yoko quando menininha.

09 novembro 2007

Uma Noite com Yoko Ono

Decidi dividir a experiência de assistir a apresentação de Yoko Ono em dois posts. Hoje, farei um texto mais jornalístico, informativo. Amanhã, coloco minhas impressões pessoais.

"A artista plástica Yoko Ono, viúva do ex-beatle John Lennon, fez ontem no Teatro Municipal de São Paulo uma única apresentação em terras brasileiras. Acompanhada por cinco músicos brasileiros, quatro percussionistas (entre eles Osvaldinho da Cuíca) e um tecladista, Yoko cantou, dançou e declamou versos em meio a um cenário minimalista.

Na entrada, recebia-se um postal e uma lanterninha. Um enorme telão de fundo passava imagens e montagens, usando fotos e filmes de John Lennon, no meio do palco um tablado coberto por um tapete e bem na boca do palco um tabuleiro de xadrez iluminado e com todas as peças brancas.

Yoko entrou no palco vestida toda de branco e com um chapéu. Em seguida, passou a tirar toda roupa de cima, ficando apenas com uma camiseta e uma calça tipo pescador pretas. Com essa indumentária e seus óculos escuros, que não tirou em nenhum momento, ela começou a dançar com uma cadeira. A segunda performance começa com ela sendo trazida por um assistente até o microfone com a cabeça enfiada em um saco preto.

A apresentação durou apenas uma hora e alternou momentos mais líricos com alguns um pouco tristes. O ponto alto da noite certamente ficou para o final. Ela puxa um sambão com seus músicos, ensaia alguns passos, chuta as peças do xadrez, joga-as para o público e sai do palco com um ar feliz. Agradece muito aos músicos e se retira sem muito alarde, enquanto o público a saúda de pé."

08 novembro 2007

Tropa de Elite: minha visão

Assisti ontem ao "Tropa de Elite", em versão pirata (sacrilégio!!!). Gostei do filme. É perturbador, violento e chocante. Desperta um sentimento de revolta pelos desmandos da Polícia Militar, mas ao mesmo tempo parece que acende uma luz de esperança.

Algumas considerações:
1) O filme é um retrato realista e brutal de como funcionam as coisas no Rio de Janeiro. É um panorama localizado. Não é o reflexo do que ocorre no resto do país. Acho essencial levar esse fator em conta quando se for analisar o filme.

2) Wágner Moura é um ótimo ator. Representou muito bem o capitão Nascimento. Creio que entrou para o rol dos personagens clássicos nacionais.

3) Dá o que fazer pra gente se livrar daquele funk do começo do filme... Ficou martelando na minha cabeça por horas.

4) Acho que brasileiro aprendeu mesmo a fazer cinema-padrão-americano. O filme tem ritmo, cenas de ação bem feitas, som de primeira.

06 novembro 2007

Poesia

Mário Quintana é um poeta gaúcho, falecido em 1994, aos 85 anos. Ele tem uns versos muito bacanas. Sempre com uma abordagem simples de temas muito comuns a todos nós. Peguei dois trechos que vi por aí nos últimos dias.
"Quem não compreende um olhar, tampouco compreenderá uma longa explicação."

"Essa vida é uma estranha hospedaria
De onde se parte quase sempre às tontas
Pois nunca as nossas malas estão prontas
E a nossa conta nunca está em dia."
(Mário Quintana)

Valores materiais

Estou cada vez mais querendo me desapegar dos valores materiais. Mas, tive uma recaída feia nesse feriado passado.

Minha coleção dos Beatles estava toda encaixotada desde que aluguei meu apartamento de Poços. Comecei a ficar preocupado com o estado de conservação dela e mandei fazer um móvel para guardá-la na casa da minha mãe.

Confesso que fiquei um tanto emocionado ao abrir as caixas e começar a arrumas os CDs, compactos, LPs, DVDs, Fitas VHS, livros, revistas, badulaques, etc. Afinal, são tantos anos juntando coisas. Parecia que cada item me trazia uma recordação diferente.

Acho coleções um negócio bacana. Qualquer que seja ela. Se for feita com paixão, entusiasmo, dedicação, qualquer uma fica rica.

Nesse mesmo dia aconteceu uma feliz coincidência, o sr. Carlos Rosa me presenteou com 2 DVDs norte-americanos de documentários dos Beatles que eu ainda não tinha.

E ainda está se aproximando o dia que vou assistir uma 'apresentação' de mrs. Lennon: YOKO ONO. Próxima quinta-feira. Teatro Municipal de São Paulo. Aguardem detalhes.

05 novembro 2007

Adesivo

Há tempos que vejo aqui por São Paulo um adesivo de lataria de automóveis com o escrito "Amo BH Radicalmente" e a figura de uma pessoa fazendo rapel. Pensei em fazer um na mesma linha homenageando Poços de Caldas.


Bolei mais ou menos o desenho que queria e passei pro Thiago Pagin criar o adesivo. O resultado é esse aí. Eu gostei. Se alguém quiser um, é só me avisar que mando pelo Correio. Temos na versão preta, para carros de pintura mais clara, e na versão branca, para carros de pintura mais escura.

02 novembro 2007

Alimentando cizânias

"Vamos fazer uma copa para argentino nenhum botar defeito". Com essa infeliz frase, nosso presidente da República, Luis Inácio, encerrou seu discurso no dia do anúncio oficial da FIFA, confirmando o Brasil como sede da Copa do Mundo de Futebol de 2014. O evento se deu em Genebra, Suíça, diante dos mais importantes representantes do futebol mundial. Estavam lá Beckenbauer, Platini, Joseph Blatter, entre outros.
Nosso estadista mostrou-se apenas como um torcedor e não como o representante de uma nação que quer mudar sua imagem diante do mundo. A Copa é o maior evento esportivo da Terra. É impressionante seu alcance. E qual o sentido de provocar nossos vizinhos argentinos com uma frase tão sem sentido? Pelo contrário, penso até que ele poderia ter aproveitado a oportunidade para convocar a população argentina para participar também desse evento. Seria uma forma de unir nossos povos, já tão friamente separados pelo idioma.
Pessoalmente, sou a favor da realização da Copa no Brasil, mas acho que já começamos mal. Primeiro, com a caravana da alegria promovida pela CBF que levou mais de 10 governadores, entre outros convidados, para a Suíça. Depois, pela ausência de Pelé na cerimônia. E principalmente, pela descabida frase do nosso principal mandatário.
Alguns já manifestaram o temor do mal uso das verbas públicas que serão investidas na construção e reforma de estádios e implementação de sistemas de transporte e comunicação necessários para um evento desse porte.
Vamos acompanhar de perto o desenrolar dos fatos... Espero que possamos fazer uma festa de primeira.

31 outubro 2007

Vaidade

Recebi por e-mail. Não posso confirmar a autoria. Mas, o texto é bem bacana:

"Cirurgia de lipoaspiração? Pelo amor de Deus, eu não quero usar nada nem ninguém, nem falar do que não sei, nem procurar culpados, nem acusar ou apontar pessoas, mas ninguém está percebendo que toda essa busca insana pela estética ideal é muito menos lipo-as e muito mais piração?

Uma coisa é saúde, outra é obsessão. O mundo pirou, enlouqueceu. Hoje, Deus é a auto imagem. Religião, é dieta. Fé, só na estética. Ritual é malhação. Amor é cafona, sinceridade é careta, pudor é ridículo, sentimento é bobagem.

Gordura é pecado mortal. Ruga é contravenção. Roubar pode, envelhecer, não. Estria é caso de polícia. Celulite é falta de educação. Filho da p* bem sucedido é exemplo de sucesso. A máxima moderna é uma só: pagando bem, que mal tem?

A sociedade consumidora, a que tem dinheiro, a que produz, não pensa em mais nada além da imagem, imagem, imagem.
Imagem, estética, medidas, beleza. Nada mais importa. Não importam os sentimentos, não importa a cultura, a sabedoria, o relacionamento, a amizade, a ajuda, nada mais importa.

Não importa o outro, o coletivo. Jovens não tem mais fé, nem idealismo, nem posição política. Adultos perdem o senso em busca da juventude fabricada. Ok, eu também quero me sentir bem, quero caber nas roupas, quero ficar legal, quero caminhar, correr, viver muito, ter uma aparência legal mas...

Uma sociedade de adolescentes anoréxicas e bulímicas, de jovens lipoaspirados, turbinados, aos vinte anos... não é natural. Não é, não pode ser! Que as pessoas discutam o assunto. Que alguém acorde. Que o mundo mude. Que eu me acalme. Que o amor sobreviva.''

Herbert Vianna

30 outubro 2007

Blues Brasileiro

Ainda meio de ressaca do Encontro, voltamos a Sampa já com os ingressos para o show de Djavan comprados. Desejo antigo de minha amada companheira. Há anos que ela tem vontade de ver o alagoano ao vivo e nunca calhou de conseguirmos ir.
Sempre achei o Djavan meio tristonho, melancólico. Meio blues, com sotaque brasileiro. Pensei que o show dele fosse meio "banquinho e violão". Ledo engano. Apoiado por uma banda correta, com um sempre fabuloso trio de metais (sax, trompete e trombone) e com dois filhos segurando as baquetas e a guitarra solo, João e Max Viana, Djavan fez uma festa bem dançante no Citibank Hall. Mesclou sucessos com músicas de seu último lançamento "Matizes".
Para minha surpresa, ele dança, rodopia, requebra e canta muito. Voz potente e afinada, sem escorregões. Fiquei bem impressionado. Domina bem o palco e se comunica perfeitamente com o público.

Foto tirada pelo celular num dos poucos
momentos em que ele toca (bem!) violão.

Nota: fiquei assustado com o número de máquinas digitais e celulares, filmando e fotografando o show. Tem gente que viu o show pelo monitorzinho da máquina. Paga o ingresso e assiste pela telinha em vez de sentir o clima do show ao vivo. Centenas delas!!! Eu não entendo... Mas, respeito. Deve ter sua graça...
Gostei do show e a Adriana e a Ana Lucas adoraram. Dançaram e cantaram até enjoar. Ainda bem!!

Nós 3 num lugar privilegiado

29 outubro 2007

Acabou...

Acabou sábado à noite o nosso Encontro. Como todo ano, ao final eu estava um bagaço. Mas, aliviado. Afinal, correu tudo bem. Creio que os participantes ficaram satisfeitos com a programação, concursos e apresentações. É muita tensão. Medo de que algo saia errado. Muita responsabilidade. Cuidar de gente do país inteiro, com hábitos e costumes diferentes. E ainda ser o encarregado de dar entrevistas para rádios e TVs. Não adianta, fico nervoso mesmo. Mas, enfrento... As palavras saem meio engasgadas, mas acho que me faço entender (foto ao lado).
Ano que vem, chegamos a Gramado, no Rio Grande do Sul!!!

25 outubro 2007

A todo vapor

Tivemos uma alteração grande na programação do jantar de abertura. O ônibus que vinha de São Paulo sofreu com os atrasos de vôos dos participantes e com a forte chuva que caiu na tarde quarta. Acabou chegando 21:30 h qdo era para chegar às 18:00 h. Mas, mesmo assim correu tudo bem. Foi uma festa bacana.
Hoje, tivemos a realização das primeiras etapas dos concursos individual e por equipes. Correu tudo bem, também. Mas, estou bem cansadão. Não só eu.... todos envolvidos se entregam muito para que os participantes se sintam à vontade e aproveitem o evento.

Daqui a pouco, vamos assistir a uma apresentação especial da peça musical "A Era do Rádio", exclusiva para nosso pessoal.

23 outubro 2007

Encontro de Cruzadistas


Estamos na reta final para a abertura do nosso encontro de cruzadistas. Já chegamos à décima edição. A partir de amanhã, leitores de nossas revistas, do Brasil todo, chegam a Poços de Caldas para mais uma rodada de campeonatos de passatempos e várias outras atividades.
Esse ano teremos a apresentação da peça "A Era do Rádio". Tá tudo certo, mas a ansiedade é grande...
É uma canseira para a gente que organiza, mas é muito prazeroso ver tudo funcionando.

19 outubro 2007

Metamorfose ambulante

Conforme o tempo vai passando, percebo que não preciso manter as mesmas opiniões que tinha no passado. Tudo muda e se transforma. Nosso corpo, nossas necessidades, nossas ambições. Não há nada de mal em deixar de gostar de alguma coisa e de começar a gostar de outras. Hoje em dia, acho isso natural.
Prova disso, é o horário de verão. Antigamente, eu era ferrenho defensor dele. Assim que o Governo o implantou, em 1985, achei o máximo. Acordar antes de o sol aparecer, poder aproveitar o final do dia ainda com claridade. Não havia nenhum contra. Mas, hoje... Estou tendo dificuldade para acordar e chega no final do dia quero que o sol se esconda logo para diminuir o calor...
Acho que o que se deve manter são os valores. E até aperfeiçoa-los, adquirir novos comportamentos que te façam crescer. Mas, opiniões e impressões existem para serem mudadas. Experimentar coisas novas e reexperimentar o que faz tempo que se fez, são hábitos positivos, penso eu.
Até quando vai ser assim? Não sei. Não vejo menor problema em mudar de opinião de novo!

18 outubro 2007

Campeonato Mundial de Passatempos

Os campeões desse ano:
alemão (3º), húngaro (1º) e americano (2º)


A 16ª edição do Campeonato Mudial de Passatempos aconteceu esse ano no Brasil. No Rio de Janeiro, numa promoção da Ediouro. Fomos convidados para participar, não como concorrentes, mas apenas como observadores.
Foi muito bacana. Cerca de 30 países mandaram suas equipes. Na verdade, são tipos de passatempos que não usamos em nossas revistas. Nós usamos Palavras Cruzadas e jogos com palavras. Eles usam apenas passatempos de lógica, que independem de idioma. As provas são muito difíceis, desenvolvidas e resolvidas por verdadeiros gênios.
Para nós foi interessante pelo contato com editores de outros países e para rever alguns amigos. Pudemos reencontrar Will Shortz, editor de Palavras Cruzadas do New York Times. Conhecer editores da Turquia, Itália, Romênia, Peru, Argentina, Índia e muitos outros. Uma verdadeira babel de passatempos.

Eu com mr. Will Shortz e Mr. Luciano Mussolin

17 outubro 2007

Para quem gosta de futebol e cerveja

O São Cristóvão é um bar da Vila Madalena inteirinho decorado com motivos futebolísticos. Não é um daqueles bares temáticos modernosos, mas sim um boteco com milhares de fotos, desenhos, camisas, cachecóis, distintivos, etc... pregados em suas paredes. Do chão ao teto. Muita coisa antiga, tipo anos 40 e 50. E vocês podem imaginar meu orgulho ao ver uma linda camiseta da CALDENSE, em local nobre, bem na entrada, logo acima de um pôster do Brasil pentacampeão (foto de celular, não muito nítida, ao lado).

O chope é gelado, as porções boas e pedimos um prato de carne de panela pro Marcelo que estava bem gostoso. Fica na rua Aspicuelta.

Eles fizeram algumas camisetas de clubes brasileiros nos modelos da época em que conquistaram títulos importantes . Por exemplo, o Palmeiras de 1951, o Flamengo de 1981. Tem bastante variedade. Ficou uma coisa bem interessante, apesar do preço salgado, R$ 120,00!!!!

Outro detalhe curioso é o vaso do banheiro masculino (foto ao lado). Tem uma trave para orientar a mira (hehehe).

16 outubro 2007

Tropa de Elite: uma opinião

Pedi ao sobrinho Rubens que escrevesse sobre o filme "Tropa de Elite", de José Padilha, que ele assistiu no último domingo. Selecionei alguns trechos de sua inflamada opinião:

"Sucesso nacional nascido na informalidade dos camelôs e que conta a rotina e a intimidade do BOPE, o Batalhão de Operações Especiais da PM do Rio de Janeiro, especializado em confrontos urbanos. Confesso, que fui com grandes expectativas e imaginava que iria me decepcionar por isso. Pra começar, é interessante situar a todos, fui assisti-lo no cine Bristol da avenida Paulista, local onde com freqüência vê-se jovens, na sua maioria universitários, fumando um beck ou mesmo cheirando 'uma carreirinha'."

"Parafraseando a crítica da revista Veja desta semana, "Tropa de Elite" é a primeira obra da filmografia nacional a tratar bandido como bandido e o mais assustador de tudo, tratar todos os usuários de droga como grandes responsáveis e sócios do crime organizado. Estes dois personagens, o bandido e o usuário, são muito comuns no nosso país. Pois então, esta é a chave, as pessoas se sentiram ultrajadas, agredidas, porém a realidade posta na tela impede que haja qualquer reação contra os métodos utilizados, mostra a realidade nua e crua do Brasil. Claro, que há um abuso exacerbado da violência, pelo líder, agora herói nacional, comandante Nascimento, porém, plenamente justificável pela já célebre frase dita pelo mesmo logo no início do filme “Para ser policial no Rio de Janeiro, existem apenas 3 alternativas, ou você se corrompe, ou se omite ou parte para a guerra”, e foi a terceira opção a escolhida por ele, e isto o faz, devido as circunstâncias, um herói."

"Em outra passagem, logo ao chegarem no morro, a equipe do BOPE chega atirando e atinge um usuário que estava fumando um, e logo em seguido pega um estudante que também estava queimando e tortura-o para arrancar informações. Nesta passagem, o comandante Nascimento questiona o menino se ele sabia quem havia matado seu amigo, o menino assustado diz que não e após muita insistência diz que havia sido a tropa, mas o comandante é muito claro e enfático ao dizer “Você errou, quem matou seu amigo foram vocês. Vocês que financiam isso aqui, a gente sobe no morro pra desfazer as c* de vocês!”, essa frase passa uma mensagem muito clara, e que se analisando friamente, é a mais pura realidade."

"Creio que esse filme seja um grande início para talvez haver uma conscientização maior do egoísmo de se queimar um, sem pensar nas conseqüências. É interessante pensar que cada vez que você compra um tijolo ou algo do tipo, você está colocando uma arma na mão de uma criança. Esta pra mim foi a mensagem principal do filme, fora isto, pesquisei bastante sobre o BOPE e minha opinião é muito clara, são heróis, uma rara ilha nesse país sem lei."

Rubens tem 22 anos. Esta é sua opinião. Deu vontade de ver logo o filme!!!

15 outubro 2007

Gabriel Guerra

Coincidentemente, no vôo que levou meu irmão Luciano e o Paulo Durante de Campinas para o Rio de Janeiro, onde eu os esperava para assistirmos o Campeonato Mundial de Passatempos, estavam os 2 Ricardos Guerras de Poços de Caldas. Ambos músicos. Um deles, estava embarcando para Angola para 3 meses de apresentações. O outro, também contador de nossa revista, estava indo ao Rio para o lançamento do quarto CD de seu filho Gabriel. A apresentação seria no Estrela da Lapa e ele nos convidou.
Fomos. O rapaz tá com tudo. Montou uma banda de primeira linha e está com umas músicas bem melodiosas. Seu show alterna momentos de puro romantismo com blues e pop. A presença de um cello tocado com arco dá um toque especial. E ele segura bem os vocais e sustenta tanto o violão como a guitarra com autoridade. Esse disco, Nobre Guerreiro, está sendo lançado pela Som Livre. Sucesso para ele. Talento tem de sobra!!!

14 outubro 2007

Pescar relaxa!

Sei que a pesca esportiva é considerada por muitos como uma crueldade com os animais. De fato tenho um pouco de pena dos peixes fisgados, mas os especialistas garantem que eles voltam para a água e conseguem levar uma vida normal. Sem maiores conseqüências. Existe sim um certo prazer mórbido em conseguir sacá-lo da água. É uma vitória. Um desafio.

Mas, o que mais me atrai é o fator relaxamento. É impressionante como pode-se passar horas a fio tentando capturar os animais e sem pensar em absolutamente NADA que cause preocupação. A mente se esvazia completamente. Relaxa mesmo. A atenção fica toda nos anzóis, varas, carretilhas, iscas, arremessos e em mais nada.

Junta-se a isso uma turma de amigos, boa comida, cerveja gelada, muita conversa fiada... Tá aí um programinha bom.

13 outubro 2007

Bruma cinzenta

A região da Argentina onde fomos pescar adota a técnica de queimada para limpar seus campos e pastos. Não muito diferente do Brasil. Isso faz com que o céu fique constantemente acinzentado, embaçado, já que estamos num período de falta de chuvas. Olhando para o horizonte, dava para ter uma idéia do tanto de fumaça que estava no ar. O alcance da visão era bem limitado. Mas, à tarde proporcionava um belo panorama, quando o sol começava a baixar, formava uma bola de fogo, perfeitamente redonda e alaranjada.
Esse aí acima é o Ângelo de São João da Boa Vista. Abaixo, mais um pouco do visual.

12 outubro 2007

Voltando

Após uma série de idas e vindas, estou voltando. Pretendo, nos próximos dias, postar bastante coisa sobre minha pescaria e sobre o Concurso Mundial de Passatempos. Preciso é arranjar tempo para escrever e editar tudo com as fotos. Ando na correria de novo porque logo começa nosso encontro de cruzadistas, em Poços. É isso: assunto não falta!

30 setembro 2007

Folga

Saio amanhã cedo para uma temporada de pesca no rio Paraná. Volto domingo que vem. Foi tanta correria para deixar tudo certo e poder viajar em paz que acabei nem atualizando meu blog. Certamente, terei muito assunto quando voltar.

26 setembro 2007

O Lado Bom da Internet

A gente tem que saber usar a Internet. Existe muito lixo por aí. Sites que não são confiáveis e muita besteira escrita. Como diz em seu blog o jornalista Ancelmo Góis, "a Internet é um território livre". E por isso, perigoso.
Uma das boas coisas que considero nesse território são as rádios. Agora podemos ter acesso a rádios do mundo inteiro. Muitas delas transmitindo em tempo real. Hoje, recomendo a Radio Paradise (http://www.radioparadise.com/). É uma rádio norte-americana sem propagandas, que toca diversos estilos de música. Sempre de bom gosto.
O interessante também é que é uma "listener support radio", isto é, os ouvintes apóiam financeiramente a rádio. Quem gosta do som, manda uma doação para eles. Curioso isso... só que o 'Mussalim' aqui ainda não mandou nada...

25 setembro 2007

Tá ligado?

Não assisti inteira (mas gostaria muito de tê-lo feito), a entrevista com o rapper Mano Brown, ontem no Roda Viva, da TV Cultura. Eu não o conhecia, só a fama dele. Nem sequer ouvi uma música inteira de sua autoria. Ele é vocalista e letrista da banda Racionais MC e é mais famoso, para quem não é da periferia, pelas provocações à polícia em seus shows.
Confesso que fiquei (bem) impressionado. Idéias bem colocadas. Discurso coerente. Trouxe uma visão da periferia paulista que não estou habituado a ver. Falou demais no Capão (Redondo), as iniciativas populares para melhorar a vida por lá. Alguns erros de português, mas o que importa? O que vale é a mensagem do cara...
O que está havendo comigo? Hoje estou a fim de arranjar um disco dos Racionais e ver se essa minha impressão tem fundamento. Tá ligado?

24 setembro 2007

Loucuras do Clima

Saímos de Poços ontem logo após o almoço, em direção a São Paulo. Paramos perto de Jundiaí por volta das 16 horas pra tomar um suco. Estava muito quente. Ao chegarmos ao nosso apartamento em SP, o impacto foi impressionante. Tudo fechado, abafado, parecia que estávamos entrando em um forno. Vim a saber hoje que ontem bateu nos 35º em alguns pontos de Sampa. O meu termômetro marcou 31º dentro de casa.
O noticiário do começo da noite de hoje trouxe um dado interessante: hoje, logo após à meia-noite, estava 27º. Às 8 da manhã, 25º. Ao meio-dia, 18º. E às 16 horas, por volta dos 15º. Parecia uma tarde de inverno. A temperatura foi mais durante o dia, em comparação à noite.
São as maluquices do clima. Haja saúde!

19 setembro 2007

Vc sabe que está vivendo em 2007 se...

1. Você acidentalmente tecla sua senha no microondas.
2. Há anos não joga paciência com cartas de papel.
3. Você tem uma lista de 15 números de telefone para falar com sua família de 3 pessoas.
4. Você envia e-mail para conversar com a pessoa que trabalha na mesa ao lado da sua.
5. A razão porque você não fala há tempos com muitos de sua família é desconhecer seus endereços eletrônicos.
6. Você usa o celular na garagem de casa para pedir a alguém que o ajude a desembarcar as compras.
7. Todo comercial de TV tem um site indicado na parte inferior da tela.
8. Esquecendo seu celular em casa, coisa que você não tinha há 20 ou 30 anos, você fica apavorado e volta para buscá-lo.
10. Você levanta pela manhã e liga o computador antes de tomar o café.
11. Como a carinha do Msn,Você vira a cabeça de lado para sorrir : )
12. Você não sabe o preço de um envelope comum;
13. Para você ser organizado significa, ter vários bloquinhos de "Post-It" de cores diferentes;
14. A maioria das piadas que você conhece, você recebeu por e-mail (e ainda por cima ri sozinho...);
15. Você fala o nome da firma onde trabalha quando atende ao telefone em sua própria casa (ou até mesmo o celular!!);
16. Você digita o "0" para telefonar de sua casa;
17. Você vai ao trabalho quando ainda está escuro, volta para casa quando já escureceu de novo;
18. Quando seu computador pára de funcionar, parece que foi seu coração que parou,
19. Você está lendo esta lista e está concordando com a cabeça e sorrindo.
20. Você está concordando tão interessado na leitura que nem reparou que a lista não tem o número 9.
21. Você retornou a lista para verificar se é verdade que falta o número
22. E AGORA VOCÊ ESTÁ RINDO CONSIGO MESMO...
23. Você já está pensando para quem você vai enviar esta mensagem..
24. Provavelmente agora você vai clicar no botão "Encaminhar"... é a vida...fazer o quê... foi o que eu fiz também...

18 setembro 2007

Stand Center

Sinceramente, não consigo entender. Como pode um local como o Stand Center funcionar normalmente, à luz do dia, numa área tão valorizada como a avenida Paulista? O coração financeiro da capital. O lugar onde a Fiesp tem seu prédio central. Um lugar por onde passam centenas de milhares de pessoas diariamente....
O Stand Center é um verdadeiro Paraíso. São dois andares de pequenas lojas vendendo os mais variados artigos importados. Todas, eu disse TODAS, 'dirigidas' por chineses. É de ficar zonzo mesmo com a oferta de produtos. Quase tudo muito abaixo do preço do mercado. Lógico, sem nota fiscal. Apenas, com a garantia dos vendedores. O que na maior parte das vezes funciona mesmo. Máquinas fotográficas 'último tipo', 10.1 megapixels, de várias marcas. Filmadoras, computadores, peças e acessórios de Informática. DVDs, CDs e Games. Bolsas de todas as grifes famosas: Prada, Gucci, Diesel, Armani, etc... Aparelhos eletrônicos que eu nem sabia que existiam.
E tudo ali, exposto, de portas abertas... Com um movimento de fazer inveja a qualquer shopping. De vez em quando a gente vê na televisão umas batidas, onde são detidos alguns chineses. Em menos de uma semana tá lá: o Stand Center aberto novamente.

14 setembro 2007

Bem-Vindo à Holanda

Durante a leitura de "Uma Questão Pessoal", veio-me à mente esse texto que recebi assim que o Marcelo nasceu. Dá para se ter uma idéia boa do que se passa na cabeça dos pais de uma criança que nasce com problemas:

por Emily Perl Knisley, 1987

"Freqüentemente, sou solicitada a descrever a experiência de dar à luz a uma criança com deficiência - Uma tentativa de ajudar pessoas que não têm com quem compartilhar essa experiência única a entendê-la e imaginar como é vivenciá-la.

Seria como...

Ter um bebê é como planejar uma fabulosa viagem de férias - para a ITÁLIA! Você compra montes de guias e faz planos maravilhosos! O Coliseu. O Davi de Michelângelo. As gôndolas em Veneza. Você pode até aprender algumas frases em italiano. É tudo muito excitante.

Após meses de antecipação, finalmente chega o grande dia! Você arruma suas malas e embarca.
Algumas horas depois você aterrissa. O comissário de bordo chega e diz:

- BEM VINDO À HOLANDA!

- Holanda!?! - Diz você. - O que quer dizer com Holanda!?!? Eu escolhi a Itália! Eu devia ter chegado à Itália. Toda a minha vida eu sonhei em conhecer a Itália!

Mas houve uma mudança de plano vôo. Eles aterrissaram na Holanda e é lá que você deve ficar.

A coisa mais importante é que eles não te levaram a um lugar horrível, desagradável, cheio de pestilência, fome e doença. É apenas um lugar diferente.

Logo, você deve sair e comprar novos guias. Deve aprender uma nova linguagem. E você irá encontrar todo um novo grupo de pessoas que nunca encontrou antes.

É apenas um lugar diferente. É mais baixo e menos ensolarado que a Itália. Mas após alguns minutos, você pode respirar fundo e olhar ao redor, começar a notar que a Holanda tem moinhos de vento, tulipas e até Rembrants e Van Goghs.

Mas, todos que você conhece estão ocupados indo e vindo da Itália, estão sempre comentando sobre o tempo maravilhoso que passaram lá. E por toda sua vida você dirá: - Sim, era onde eu deveria estar. Era tudo o que eu havia planejado!.

E a dor que isso causa nunca, nunca irá embora. Porque a perda desse sonho é uma perda extremamente significativa.

Porém, se você passar a sua vida toda remoendo o fato de não ter chegado à Itália, nunca estará livre para apreciar as coisas belas e muito especiais sobre a Holanda."

13 setembro 2007

Voltar a votar?

O Renan foi absolvido. Vai continuar sendo o presidente do Senado Federal!!!
A gente tem uma sensação de desamparo, né? Quem vai fazer o Brasil melhorar? As pessoas que deveriam dar exemplo não o fazem. Fico meio pessimista com nosso futuro. Não vejo saída a médio prazo. Talvez a próxima geração de políticos possa fazer algo para o bem do país, não apenas para si próprio e seus cupinchas. Mas, mesmo assim acho pouco provável. Quem quer se envolver com política hoje em dia? São poucos os abnegados de verdade.
Votemos melhor.
Na verdade, não dá nem vontade de voltar a votar.

12 setembro 2007

Manobristas

Outro dia, trafegava por Moema, quando fui fazer uma conversão à esquerda. Dei seta e, da pista da direita, apareceu um carro, cortou a minha frente e entrou na mesma rua que eu iria entrar. Era uma Passat alemão preto, em velocidade acima da permitida para a área. Fez a manobra perigosa, quase batendo em mim e saiu acelerando na minha frente. Fiquei fulo (essa palavra é ótima!). No quarteirão seguinte, percebi que o carro encostou em frente a um restaurante. Não costumo xingar, nem fazer gestos no trânsito paulista. É prudente. Mas, fiquei curioso para ver a cara do motorista apressadinho. Qual não foi minha surpresa ao ver que era um manobrista. Sim, ele estava levando o carro para um cliente do restaurante. Quando passei, já estava polidamente abrindo a porta para o inocente dono do automóvel.
Esse serviço de manobristas, ou 'valet parking' se preferir, oferecido pela grande maioria dos bares, restaurantes e algumas lojas é uma faca de dois gumes. Facilita a vida dos clientes, pois não é fácil achar vagas nas imediações de onde se quer ir. Quando está chovendo também ajuda. Ou o cliente pode ser idoso ou ter alguma dificuldade motora. Realmente ajuda. Mas, é caro e pode ser arriscado. Paga-se entre 8 e 10 reais em média!!! E ainda corre-se o risco de ter seu carro amassado por algum manobrista imprudente, como o que me cortou na situação acima....
Há uns meses passou uma matéria na TV, mostrando por uma câmera oculta em alguns veículos, os manobristas remexendo porta-luvas, pegando moedas dos consoles, furtando óculos, etc...
Outro dia, também, no Bexiga, um manobrista capotou um carro de um cliente. Saiu em velocidade, pegou uma avenida e errou uma curva!!! Já pensou?
Não devemos generalizar, mas que é um risco, é. Nunca se sabe em que mãos a gente está entregando o carro e não existe, que eu saiba, uma regulamentação ou fiscalização desse serviço.

11 setembro 2007

Ler é preciso

Terminei de ler ontem o livro "Uma Questão Pessoal", de Oe Kenzaburo, uma indicação precisa do sr. Durante. A obra tem uma narrativa diferente, num clima bem pesado, chega a ser um pouco difícil de ler. Mas, atrai, principalmente pelo tema: a dificuldade de um pai em aceitar o nascimento de um filho com deficiência física.
O crítico da Folha de São Paulo, Arthur Nestrovski escreveu:

"Boa parcela do desconforto afetivo de quem lê será compensada, então, pelo interesse moral e pelas seduções do artesanato. A sedução da vida caída, o fascínio pelo reino dos suicidas, a antibeleza dos destroçados têm também sua dose de atração. Experimentar todos os sofrimentos humanos e aproximar a literatura da vida é uma missão antiga e universal (o risco perene é o do sentimentalismo). Verdade que a vida se aproxima da literatura de modo muito particular, nesta "Questão Pessoal". O final da história, fora do livro, ficou conhecido. O filho doente de Oe chama-se Hikari ("Luz"). Tornou-se compositor. Com isso, três romances posteriores tratando da relação entre os dois chegaram a um termo em que o próprio Oe considera definitivo. Não é mais preciso escrever."

Decidi ler "O Filho Eterno", de Cristóvão Tezza, autor brasileiro!

10 setembro 2007

Esses inventores...

Fomos à Associação Nacional dos Inventores na semana passada. Um de seus membros criou uma nova forma de passatempo e quisemos conhecer. Mas, esse assunto abordarei num outro 'post'. É uma entidade curiosa, interessante. Pense bem, reunir pessoas que usam sua criatividade para solucionar problemas simples e facilitar nossa vida em questões aparentemente sem a menor importância.
Dentro do prédio há o Museu das Invenções (http://www.inventores.com.br/index_inv.html). Algumas, já estão funcionando e pode-se ver com facilidade à venda e à mostra nos supermercados e lojas. Outras, creio que nunca serão produzidas efetivamente. Mas, o que mais chama a atenção no museu são as invenções bizarras, como colete salva-vidas pra sogra (pesa 100 kg e é preso com cadeado), óculos especial para aplicação de colírio, óculos com retrovisor, entre outros. No site deles dá pra se ter uma idéia, mas só indo lá mesmo para ver de perto a que ponto chega a engenhosidade humana.

07 setembro 2007

Comentários mais fáceis

Nobres leitores: vasculhando os meandros deste blog, descobri uma forma de o visitante inserir seu cometário sem precisar ser cadastrado no Google. Agora ficou muito mais simples, basta clicar em "Comentários", optar por "Outro", adicionar a mensagem, colocar seu nome e clicar em "Publicar comentário". Espero que dessa forma, as pessoas possam emitir suas opiniões com mais freqüência.

06 setembro 2007

Marcão e o Vulcão

Encontrei com o Marcus Vinícius, o Marcão, passeando num shopping na terça-feira passada. Acho que ele é o futebolista poços-caldense que mais destaque conseguiu em grandes times, já atuou no Grêmio, Atlético Paranaense, Ponte Preta, Caldense, entre outros. Eu nunca havia conversado com ele, mas com a proximidade da estréia do Vulcão, decidi travar um diálogo com o ex-jogador. Ele me disse que parou de atuar há 6 meses e que agora é assistente técnico do Paulista de Jundiaí. Sobre o Vulcão, disse-me que não tem envolvimento direto ou nenhum cargo, mas que serviu de contato entre o Thiago Granato e alguns jogadores e empresários. Isto é, deu uma força para a montagem do time.
Agora li no Mantiqueira que tem um torcedor que entrou na Justiça contra a Federação, que autorizou a inscrição do Vulcão apenas no segundo arbitral...
Vamos ver o que vai dar. A estréia está marcada para amanhã...

03 setembro 2007

01 setembro 2007

Normose

Esse texto chegou até mim por e-mail. Achei bem legal. É de uma jornalista gaúcha, Martha Medeiros, do jornal Zero Hora.

"Lendo uma entrevista do professor Hermógenes, 86 anos, considerado o fundador da ioga no Brasil, ouvi uma palavra inventada por ele que me pareceu muito procedente: ele disse que o ser humano está sofrendo de normose, a doença de ser normal.

Todo mundo quer se encaixar num padrão. Só que o padrão propagado não é exatamente fácil de alcançar. O sujeito "normal" é magro, alegre, belo, sociável, e bem-sucedido. Quem não se "normaliza" acaba adoecendo. A angústia de não ser o que os outros esperam de nós gera bulimias, depressões, síndromes do pânico e outras manifestações de não enquadramento.

A pergunta a ser feita é: quem espera o que de nós? Quem são esses ditadores de comportamento a quem estamos outorgando tanto poder sobre nossas vidas? Eles não existem. Nenhum João, Zé ou Ana bate à sua porta exigindo que você seja assim ou assado. Quem nos exige é uma coletividade abstrata que ganha "presença" através de modelos de comportamento amplamente divulgados. Só que não existe lei que obrigue você a ser do mesmo jeito que todos, seja lá quem for todos. Melhor se preocupar em ser você mesmo.

A normose não é brincadeira. Ela estimula a inveja, a auto-depreciação e a ânsia de querer o que não se precisa. Você precisa de quantos pares de sapato? Comparecer em quantas festas por mês? Pesar quantos quilos até o verão chegar? Não é necessário fazer curso de nada para aprender a se desapegar de exigências fictícias. Um pouco de auto-estima basta. Pense nas pessoas que você mais admira: não são as que seguem todas as regras bovinamente, e sim aquelas que desenvolveram personalidade própria e arcaram com os riscos de viver uma vida a seu modo. Criaram o seu "normal" e jogaram fora a fórmula, não patentearam, não passaram adiante. O normal de cada um tem que ser original.

Não adianta querer tomar para si as ilusões e desejos dos outros. É fraude. E uma vida fraudulenta faz sofrer demais. Eu não sou filiada, seguidora, fiel, ou discípula de nenhuma religião ou crença, mas simpatizo cada vez mais com quem nos ajuda a remover obstáculos mentais e emocionais, e a viver de forma mais íntegra, simples e sincera. Por isso divulgo o alerta: a normose está doutrinando erradamente muitos homens e mulheres que poderiam, se quisessem, ser bem mais autênticos e felizes."