Não é fácil falar nessas horas em que nos falta o chão. Seu Martinho ajudou-nos a criar o que o Encontro é hoje: uma reunião de amigos. Ele entrou tanto no espírito de família que nós exaltamos, que trazia a própria família para participar. Ria e chorava com a mesma facilidade, demontrando uma sensibilidade ímpar para versos e músicas. Com sua voz potente, enchia sempre as reuniões improvisadas de canções belíssimas e nos fazia rir com suas trovas declamadas com entonação perfeita. Misturava conhecimento e inteligência e exalava sabedoria. Nem as fortes dores que o atormentaram nesse último Encontro tiravam seu bom humor contagiante. Um símbolo!
Aproveito para publicar os versos de Maiakóvski que seu Martinho, junto com os outros participantes do Encontro, resolveu no concurso individual deste ano:
"Até logo, até logo, companheiro,
Guardo-te no meu peito e te asseguro:
O nosso afastamento passageiro
É sinal de um encontro no futuro."
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