Foi só começar o show para qualquer desconfiança ir por água abaixo. Palco simples, sem nenhuma decoração. Pouco mais da metade das poltronas ocupadas. Mr. Akkerman meio coroão, 60 anos, mas enxuto. Ágil como sempre e melódico como nunca. Todo de preto, com um boné branco e um lenço estampado amarrado no pescoço. Um anel 'tremendão' no anular da mão direita completava o visual.
Começou num violão com cordas de aço, tocando algumas canções bem jazzísticas. Sempre bem-humorado, como quando agradeceu os aplausos com a frase que dá título a esse post. Comandava os outros músicos apenas com o olhar e pequenos gestos. Sempre no controle da situação. O restante da banda mostrou-se excelente. O pianista muito rápido e sem exageros. Os brasileiros formaram uma 'cozinha' de primeira.
Uma das supresas foi um dueto extremamente inusitado. Mike e Jan tocaram "Torna a Sorriento". Meu pai adorava essa canção. É uma antiga música napolitana. Foram ovacionados!?!?!?!
Eu nem esperava que ele tocasse algo do Focus, pois para mim ele tinha enveredado no jazz e tinha até apagado esse passado de sua carreira. Nas últimas 4 músicas ele pega uma guitarra surrada, como o violão, e dispara algumas músicas com um pouco de peso... Na última, encaixou um trecho de "Hocus Pocus". Já me dei por feliz. Só pelo o que show tinha sido até então já tinha valido muito a pena.
Mas, o bis começou com "Sylvia" no violão: confesso que dei uma engasgada... Adoro a música e essa versão meio acústica ficou linda demais. (http://youtube.com/watch?v=cH8lAl9pRe8)
E ele ainda disparou um "Hocus Pocus" bem pesadão. Certamente, que Thijs Van Leer faz falta a essa canção. Mas, o nosso baixista encaixou um "Mas que nada", de Jorge Ben, que ficou excelente. Muito bacana!!! A Adriana e o Marcelo também gostaram. Nunca pensei que algum dia faria um programa familiar ao som de Jan Akkerman. É... o mundo nos reserva surpresas.
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