31 dezembro 2007

A 2008


Acabou 2007. Foi um bom ano. Mais calmo em São Paulo. Marcelo e Adriana com saúde. Tudo tranqüilo com nossas vidas. Só isso já é suficiente para considerar 2007 um bom ano.
Desejo para todos, o que desejo para mim: saúde e sossego. Espero que possamos conviver mais com nossas famílias e amigos. Sempre bem!!! Sei que haverão percalços, momentos de intranqüilidade, fraqueza, desânimo. Mas, tenhamos sempre em mente que tudo há de passar. Com paciência, raciocínio e equilíbrio, os obstáculos serão removidos sim...
Vamos lá!!!

29 dezembro 2007

Tim Maia

A patroa Adriana e a irmã Paula estiveram no Rio de Janeiro no começo de dezembro. Numa andança pelo Leblon pararam na Livraria Argumento onde coincidentemente acontecia uma tarde de autógrafos de Nelson Motta. Ele está lançando uma biografia de Tim Maia, chamada 'Vale Tudo'.

A Adriana comprou um livro pra mim e pediu para ele autografar: "Para Adriano, com abraços musicais, Nelson Motta". Considero Tim Maia um caso raro na música brasileira. Tem uma voz poderosa, consegue cantar músicas extremamente românticas, fazer improvisos e cair na 'suingueira rasgada'. Ele tem muitas músicas boas. Daquelas que a gente gostava, mesmo sem saber que era dele...

28 dezembro 2007

Carros de som

Prática proibida em boa parte do país (não tenho números), os carros de som são uma coisa sem explicação. É uma propaganda abusiva, que o público é obrigado a escutar, sem ter a opção de não fazê-lo.

Se não quero ver uma propaganda de revista, viro a página.

Se não quero escutar uma propaganda de rádio, mudo de estação.

Se não quero assistir uma propaganda de TV, troco de canal.

Se não quero olhar para uma propaganda de outdoor, viro o rosto.

Mas, as propagandas de carro de som são impositivas. Não há como fugir delas. Altas, de baixa qualidade, chatas, irritantes. Chegam aos nossos ouvidos sem termos como evitá-las. E esses carros ainda andam bem devagar pelas ruas. Especialmente, na época de Natal, atrapalha sobremaneira o trânsito. Tumultuando ainda mais o centro da cidade.

Entendo o lado das pessoas que ganham dinheiro com esse serviço, mas elas podem usar seu esforço de outra maneira. Essa nã dá.

27 dezembro 2007

Mico...

Os micos do ano são muitos, mas um deles, para mim, foi especialmente engraçado.

O presidente da Odepa, na cerimônia de abertura do Pan do Rio começa seu discurso com a palavra "Hoy" (hoje, em espanhol) e a multidão responde: ooooooooooooiiiiiiiiiiii. Isso duas vezes seguidas. Quem não viu, veja (retirado do Kibe Loco):

http://br.youtube.com/watch?v=osrbIdt6G7E

26 dezembro 2007

E o show?

Domingo passado, passou uma matéria no Fantástico sobre o último show da dupla Sandy & Júnior. Não vou entrar no mérito musical de ambos, o que me chamou a atenção na reportagem foi uma cena do último show. A filmagem pega uma imagem do palco, alcançando boa parte do público que estava de pé próximo ao palco. O que se vê são centenas de braços erguidos empunhando câmeras digitais, filmando a apresentação.
Já toquei nesse assunto aqui. Acho até que registrar um ou outro momento de um show ainda vai, mas tem gente que paga o ingresso e assiste a apresentação pelo monitor da câmera, enquanto registra cada segundo do espetáculo. Pra mim, é incompreensível e incoerente. Provavelmente, chega em casa e passa na televisão para assistir o show tranquilamente, sendo que esteve pessoalmente no local e passou o tempo todo filmando.
Quando vou a um show, o que mais me atrai é poder sentir o clima que 'rola' entre músicos e platéia, perceber detalhes da apresentação, isso não se capta com imagens... Mas, respeito as pessoas que pensam diferente...

24 dezembro 2007

Feliz Natal!!!

Uma montagem bacaninha como mensagem de Natal:
http://www.elfyourself.com/?id=1648844007
Que possamos renovar sempre. Perdoar e compreender.
Fazer nossa parte para tornar o mundo melhor.

19 dezembro 2007

Situações

O tiozão estaciona seu carrão em frente ao barzinho movimentado. Jovens circulam e outros bebem seu chope sentados. Ele encara a mocinha bonita, respira fundo e chega na mesa dela:

— Oi, posso sentar pra gente bater um papo?

Ela assustou um pouco, olhou para as amigas. Até que o coroa era boa pinta.

— Hummmm... pode, senta aí.

Ele anima.

— Muito prazer, eu sou o Marco Aurélio.

E estende a mão. Ela aperta a mão dele.

— Oi. Meu nome é Eneida.

Ele arregala os olhos.

— Que nome diferente. Uma moça tão nova com o nome de um personagem tão famoso.

Agora é a vez dela arregalar os olhos.

— Ah é? Personagem de que filme?

— Não é de filme. Eneida é o nome de um poema clássico de Virgílio.

Ela arregalou mais ainda os olhos.

— De quem?

— Sua mãe e seu pai devem ter escolhido esse nome por causa dessa obra. É um clássico. Só pode ter sido.

Ela balança a cabeça negativamente.

— Minha mãe diz que tinha uma costureira vizinha dela que tinha esse nome. Ela gostou e resolveu me batizar assim.

Ele achou melhor ir embora...

18 dezembro 2007

Expectativas

Por mais que eu me previna, não adianta. Crio expectativas e acabo me decepcionando, em algumas situações. A expectativa pode arruinar um programa, uma ocasião. Tem um ditado que diz: "o melhor da festa é esperar por ela". Interpreto como se o fato de você se preparar, ajudar a organizar, planejar é mais gostoso do que o momento da festa em si. Isto é, em geral, a festa não corresponde à expectativa que se tem dela.
Ontem, fui cheio de expectativa ver um coral italiano, da Sardenha, que se apresentaria na Basílica de Poços. Fui cheio de vontade de ver canções tradicionais natalinas, obras clássicas, em interpretação de pessoas que vivem onde o Natal também tem profundo significado religioso e histórico.
Se eu não tivesse tão cheio de expectativas, talvez pudesse até ter gostado. Mas, na hora que começou um rock progressivo, meio Rick Wakeman, com cerca de 30 vozes apenas fazendo um fundo, a decepção foi total... grande mesmo. Na terceira música, fiz feio: fui embora! Não era aquilo que eu queria ver.
Costumo não recomendar muito filmes, discos, livros, etc. justamente para não criar essas expectativas nas pessoas. Posso ter adorado alguma coisa que outra pessoa apenas goste. O impacto de alguma obra em mim pode ser diferente do efeito em outra pessoa. Tenho muito cuidado nessas recomendações.

13 dezembro 2007

Bom programa

Tem um programa da Globo News que assisto esporadicamente, mas que me agrada muito toda vez que o vejo. É o Mundo S.A., apresentado pelo jornalista Rodrigo Alvarez. Nesse link tem os horários e mais algumas informações:
http://globonews.globo.com/Jornalismo/Gnews/0,,7496,00.html
Segunda passada vi uma matéria nesse programa muito bacana. Sobre um site francês que aluga bolsas de griffe. Por módicos 60 euros, a cliente pode desfilar por uma semana com uma bolsa que custa 1.500 euros. Prada, Hermès, Louis Vuitton, Gucci, entre outras, estão entre as marcas oferecidas pelo site. Os preços variam conforme o valor da bolsa, que pode chegar a 6.000 euros no caso de lançamentos.
Segundo o gerente do site, que acaba de montar um showroom para que as clientes possam 'testar' as bolsas antes de alugar, a idéia é atender desde quem não tem dinheiro para comprar uma bolsa cara até a dondoca que apenas quer experimentar a bolsa por um tempo antes de ir à loja para adquiri-la.
Achei a idéia muito boa, pois tem muita mulher que não pode ver uma bolsa que já quer comprar. E, muitas vezes, não pode comprar por causa do preço. Com esse serviço, pelo preço de uma bolsa comum, ela pode desfilar com uma bolsa de griffe diferente por semana. Isso lá na França. Aqui tenho minhas dúvidas que uma idéia dessas vingue.
O endereço é http://www.feelchic.fr/.

11 dezembro 2007

Voltar ou não voltar para o Brasil?

Há anos que acompanho de longe os fatos e acontecimentos dos imigrantes brasileiros no exterior, especialmente nos Estados Unidos. A imprensa agora tem noticiado que muitos brasileiros têm feito o caminho de volta. O motivo alegado é a baixa cotação do dólar perante o real e as dificuldades encontradas para se arranjar alguns documentos importantes para quem mora lá, como carteira de motorista e o social security.

É uma questão muito individual. Há brasileiros que estão lá legalmente, têm o green card (ainda cobiçadíssimo) e já se estabeleceram. Seus filhos estudam e suas famílias já se adaptaram à vida dos norte-americanos. Conseguem guardar um bom tanto de dinheiro e ainda enviam alguns dólares para o Brasil para ajudar seus pais ou investir em algum negócio por aqui. Muitos ainda sentem falta do Brasil, dos amigos, familiares e de outras coisas que somente se encontra na terra onde se nasce. Para esses, a crise do dólar não pode afetar, já que se voltarem para cá, muito provavelmente, não conseguirão ter o mesmo padrão de vida que mantêm lá.

Mas, há os que vivem na incerteza da ilegalidade. Morando em casas divididas com outros brasileiros. Trabalhando em subempregos, por mais de 10 horas por dia, fugindo de fiscalizações, sem documentos, enfrentando o preconceito e sentindo a falta da família. Creio que esses têm que analisar com muito cuidado, se todo esse esforço está valendo a pena. Com um desgaste menor, o padrão de vida poderia ser mantido aqui no Brasil, dependendo da cabeça de cada um.

O Brasil não está nenhuma maravilha, mas a economia deu uma melhorada nos últimos tempos. Há mais segurança (ou seria menos insegurança?).Outro dia, encontrei um garçom de Poços que trabalha em São Paulo há mais de 10 anos. Atende dois restaurantes por dia, seis dias por semana, já tem duas casas em Poços e está reformando uma terceira para alugar como ponto de comércio. Ele mora no Brasil, fala português e está há 3 horas de sua terra natal. É uma boa opção. Em alguns casos, para aqueles que realmente querem 'agarrar firme', a saída está mais próxima do que se imagina.

10 dezembro 2007

Sem Destino

Qual jovem da minha geração não sonhou em montar numa moto e sair estrada afora? Acho que esse desejo foi herdado da geração anterior que viveu todo o surgimento da contra-cultura e da revolução hippie. Tudo sintetizado no filme "Sem Destino" (Easy Rider), com Peter Fonda e Dennis Hopper. Eles montavam em suas choppers e saíam pelas estradas dos EUA, em aventuras e situações que marcaram toda a juventude da época.
E é fato, hoje em dia, a venda de motos classic e vintage no Brasil, de marcas como Honda e Harley Davidson é incrível. O que se vê de 'tiozões' pilotando essas máquinas pelas ruas e, especialmente, estradas de São Paulo é de chamar a atenção.

Na vinda para Poços, sábado passado, cruzamos com um comboio de mais de 100 motos, na rodovia dos Bandeirantes. Coisa linda. Todos em 2 fileiras de motos, a velocidade constante, em ritmo cadenciado. Paramos no Serra Azul e logo em seguida, eles chegaram. Foi uma festa. O Dudu Navarro tava lá no posto esperando para se juntar ao comboio. Ele me contou que iam todos até Joaquim Egídio para almoçar.

A grande maior parte era de Harleys mesmo. E de "tiozões" mesmo! E, dentro de mim, bateu o espírito easy rider. Deu vontade de largar tudo e sair pelo mundo afora.... No mais puro estilo "Born to be Wild".

Mas, passou rapidinho a vontade. Hoje em dia, caio na real com mais facilidade...

08 dezembro 2007

Poços de novo...

A partir de hoje, estaremos em Poços. Voltarei a escrever agora da cidade mais bela do sul de Minas, a cidade das Rosas.... Serão quase 2 meses por lá. Dá pra matar bem as saudades...

07 dezembro 2007

TV Digital

Ainda não cheguei a uma conclusão quanto a necessidade de aderir à TV digital. Por enquanto, estou só lendo aqui e ali sobre os recursos, vantagens e investimentos. Reproduzo abaixo trecho da coluna da Bárbara Gancia, na Folha de São Paulo de hoje, achei um interessante ponto de vista:

"O tópico de que vamos tratar aqui hoje é dos mais instigantes, mas poucos estão percebendo sua abrangência. Refiro-me à chegada da HDTV, a televisão digital em alta definição. Não sei não, mas não vejo o consumidor tapuia desembolsando R$ 800 por um aparelhinho que irá apenas melhorar a qualidade da imagem. Por que ele faria isso, se as telas planas em LCD ou plasma já oferecem ótima definição?

Ocorre que a TV digital é bem mais do que melhora na imagem. Veja só: no futuro próximo, o telespectador que estiver assistindo, digamos, ao seriado "24 Horas", poderá dar um zoom na camisa de Jack Bauer e, com um clique do botão do controle-remoto, descobrir que o artigo em questão é vendido pela Gap, custa x dólares e pode ser encontrado nas cores e tamanhos x, y ou z. Com mais um clique, o telespectador poderá colocar a camisa que o personagem de Kiefer Sutherland está vestindo em um carrinho de supermercado, como já faz em qualquer site de compras. E, como em qualquer Amazon da vida, o sistema traçará um perfil do consumidor baseado no seu histórico de compras. Você já adquiriu o DVD de tal filme, a roupa de tal loja e o CD daquele artista? Então irá gostar também deste ou daquele produto.

Trata-se de uma nova fronteira para a publicidade, em que filmes de alcance mundial, como a propaganda da Pepsi com David Beckham ou os anúncios de André Agassi para a Kia, perderão espaço para um marketing mais direcionado. E, como será o telespectador quem irá decidir a que horas e de que forma pretende assistir à programação oferecida, os intervalos comerciais terão de ser repensados e a publicidade, quem sabe, inserida diretamente na programação por meio de merchandising. É o mundo mezzo "Minority Report", mezzo Polishop batendo à porta. Não sei bem como será, mas quero estar preparada."

06 dezembro 2007

Segurança

Tocado pelo comentário do amigo Edson, abro um parêntese para comentar o assalto ao MacDonalds de Poços, na última segunda-feira. É incrível o que um grupo de jovens (me parece que o mais velho tinha 19 anos), com armas na mão, sob efeito de narcóticos, é capaz de fazer. A cidade virou um pandemônio. Muitas lojas e bancos não puderam abrir. Comerciantes e funcionários não puderam trabalhar. Policiais de Belo Horizonte tiveram que ser deslocados para negociarem com a molecada a libertação dos reféns. Alterou a rotina da cidade inteira. Virou uma verdadeira atração. Gente dos bairros mais distantes afluiu para o centro, só para poder ver tudo de mais perto. E olha que as TVs de Poços transmitiram ao vivo. Eu mesmo acompanhei boa parte da operação pela internet.
Nas poucas vezes que saio à noite em Poços, não me sinto seguro em circular pelas ruas do centro da cidade. Especialmente, pela presença de dezenas de 'manos' tomando seus tubões e circulando livremente. E não se vê a presença de policiais.
E não precisa ser de noite. No feriado mesmo, havia um grupo fumando seu 'baseado' sossegadamente na fonte da praça atrás do Pálace. Ao lado de casais de namorados, crianças andando de bicicleta, famílias passeando, idoso lendo seus livros....
Mesmo, na Assis, durante o dia, vê-se muito poucos policiais. Tem um ônibus horroroso da PM que fica estacionado em frente ao Unibanco.... e olha lá!

05 dezembro 2007

Um jab e um direto

Ontem, duas notícias em seguida me fizeram ir à nocaute. Primeiro, levei um jab, me deixou tonto e cambaleante. Alunos de 15 anos de 57 países foram avaliados pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O Brasil ficou nos últimos lugares nas 3 matérias analisadas: em Matemática, ficou em 54º, à frente apenas do Quirziquistão, do Catar e da Tunísia!!!! Em Ciências, ficamos em 52º e e, Leitura em 49º!!!! Nossos alunos não conseguem interpretar o que lêem!!!
E o direto foi a não-cassação do mandato do senador Renan Calheiros. Fui à lona... Ele renunciou à presidência da casa, mas seu comparsas não o cassaram!!! Um acordo imenso entre políticos, líderes e partidos para a aprovação da CPMF. Uma decisão tomada não no plano das idéias e convicções, mas na troca de favores e benesses. Protegidos pelo anonimato do voto secreto, não podemos nem saber quem foi a favor e quem votou contra. Uma vergonha para essa classe já tão malvista em nosso país. E na maior cara de cínico, o sr. Calheiros disse que sai de 'alma lavada'. Rindo de nossa cara.
Na minha opinião, mudar esse quadro passa necessariamente pela educação de nossos jovens. Em alguns anos, poderíamos ter uma geração que pensa e age com civilidade e pensando no coletivo. Mas, a julgar pelos resultados da avaliação do OCDE, esse dia ainda vai demorar e muito.
Outro dia me disseram que a capital do Brasil deveria ser mais próxima ao Rio ou a São Paulo. Até faz sentido. Ficaria mais fácil de mostrarmos nossa indignação. De cobrarmos os deputados, senadores e ministros. Quando se fala em Brasília por aqui, parece que é em outro país. É fora de mão... Diante da passividade de nosso povo (eu incluído!), até não sei se adiantaria muito. Somos muito indolentes e pacíficos. Não é possível que vamos continuar aceitando essa degradação sem fazer nada.

03 dezembro 2007

Solidariedade

Envio meus votos de solidariedade aos meus muitos amigos corintianos. Meu Palmeiras já passou uma temporada na segundona e sei que não é fácil. Em breve, voltaremos a disputar emocionantes clássicos na primeira. Passa depressa....

02 dezembro 2007

Atendimento

Comentário de um conhecido nosso, gerente de uma loja de artigos esportivos em São Paulo, a respeito do comércio nos shoppings da capital paulista:
"O público consumidor paulista não se importa tanto com o preço, eles querem serviço. Se o atendimento for bom, eles pagam o que você pedir."
É pra se pensar.... Tenho reparado mesmo como o atendimento aqui, em geral, tem sido bem feito. Eles estão dando muita atenção no tratamento dos clientes. Seja em lojas, farmácias, restaurantes, supermercados ou bancos.