Outro dia, trafegava por Moema, quando fui fazer uma conversão à esquerda. Dei seta e, da pista da direita, apareceu um carro, cortou a minha frente e entrou na mesma rua que eu iria entrar. Era uma Passat alemão preto, em velocidade acima da permitida para a área. Fez a manobra perigosa, quase batendo em mim e saiu acelerando na minha frente. Fiquei fulo (essa palavra é ótima!). No quarteirão seguinte, percebi que o carro encostou em frente a um restaurante. Não costumo xingar, nem fazer gestos no trânsito paulista. É prudente. Mas, fiquei curioso para ver a cara do motorista apressadinho. Qual não foi minha surpresa ao ver que era um manobrista. Sim, ele estava levando o carro para um cliente do restaurante. Quando passei, já estava polidamente abrindo a porta para o inocente dono do automóvel.
Esse serviço de manobristas, ou 'valet parking' se preferir, oferecido pela grande maioria dos bares, restaurantes e algumas lojas é uma faca de dois gumes. Facilita a vida dos clientes, pois não é fácil achar vagas nas imediações de onde se quer ir. Quando está chovendo também ajuda. Ou o cliente pode ser idoso ou ter alguma dificuldade motora. Realmente ajuda. Mas, é caro e pode ser arriscado. Paga-se entre 8 e 10 reais em média!!! E ainda corre-se o risco de ter seu carro amassado por algum manobrista imprudente, como o que me cortou na situação acima....
Há uns meses passou uma matéria na TV, mostrando por uma câmera oculta em alguns veículos, os manobristas remexendo porta-luvas, pegando moedas dos consoles, furtando óculos, etc...
Outro dia, também, no Bexiga, um manobrista capotou um carro de um cliente. Saiu em velocidade, pegou uma avenida e errou uma curva!!! Já pensou?
Não devemos generalizar, mas que é um risco, é. Nunca se sabe em que mãos a gente está entregando o carro e não existe, que eu saiba, uma regulamentação ou fiscalização desse serviço.
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