Recebi por e-mail da "Sintonia Fina", gravadora o Nélson Notta. Achei um texto muito oportuno e que aborda um tema recorrente quando se trata de norte-americanos; especialmente em seus filmes.
"Um dos aspectos mais detestáveis do "american way of life" é o culto incondicional aos que se dão bem na vida, aos aparentemente vencedores: o fundamentalismo de resultados. Ainda mais execrável é o seu complemento, o desprezo absoluto pelos perdedores, pelos fracos, pobres e pequenos, pelos "losers" que não conseguem dinheiro, poder ou felicidade. Ou tudo isso junto, e também beleza, que se tornou um bem de consumo.
Porque vencer a qualquer preço não é um valor civilizatório nem moralmente aceitável. É o equivalente capitalista dos comunistas justificando os meios pelos fins. Por isso, numa sociedade ultra-competitiva, mas legalista, democrática e republicana, os que usam atalhos ilegais para "chegar lá" estão em minoria e, se flagrados, são punidos.
Por outro lado, nem todos os "losers" são vítimas de sua própria fraqueza, ignorância ou preguiça. Muitos que são vistos como perdedores são apenas independentes, artistas, intelectuais, até políticos, que fazem o que querem, ou acham que devem, e pagam o preço, em dinheiro e tempo perdidos.
No Brasil, a tradição é desprezar os bem sucedidos. Aqui, o sucesso é ofensa pessoal, dizia Tom Jobim, vítima constante da inveja e do ressentimento provincianos. Aqui, há um vezo por cultuar perdedores, culpando a sociedade, "todos nós", por escolhas e fracassos individuais."
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