Recebi uma interessante mensagem do meu cunhado Gabriel, eis alguns trechos:
"- Já observou como a cerveja, cada vez mais esta associada aos esportes? Futebol , Fórmula 1. Patrocinaram atá o Pan .
- Já observou que no Bom Dia Brasil da segunda-feira , os intervalos são mesclados com propagandas de cerveja? É, segunda de manhã!
- Já parou para pensar na violência desencadeada pelo álcool? Mulheres apanhando dos maridos, acidentes de trânsito catastóficos, homicídios.
Tem também um detalhe de cunho ambiental:
- Já imaginou o volume de água que é consumido pela indústria da cerveja?
É uma das coisas que não entendo. Se você, caro cunhado jornalista, debater este tema em seu blog, certamente estará explorando um ponto de interrogação nas incoerências da sociedade.
Eu aqui lhe escrevo inspirado em um professor do meu MBA de Gestão ambiental . Ele e a esposa, acabaram de ser eleitos "casal ícone da ecologia". Moram em São Paulo, não possuem carro. Andam à pé, usam transporte coletivo, bicicleta. Não aceitam sacolas de supermercado e por aí vai a conduta de um casal que apregoa e defende a ecologia. Sem demagogia. Dançam conforme a música que cantam. Ou seja, (cerveja) não são "incoerentes da sociedade".
Não vão mudar o mundo, quanto mais eu.
Mas essa coisa do álcool, da cerveja, eu tenho uma certa birra .
PQP. Birra, é cerveja em italiano."
Acho que no fundo de tudo isso está a questão econômica. O poder das cervejarias é muito grande. Só que também acho que não pode suplantar a questão moral e até ética. É sabido que os jovens estão começando a consumir álcool cada vez mais cedo. E não é pra menos, as propagandas são cada vez mais atraentes, com cenas de aventuras na praia, em cachoeiras, em vôos e mulheres gostosas, entre outros chamarizes. O álcool, em especial a cerveja, é tolerado socialmente da mesma forma que um refrigerante. Só que seus males são infinitamente maiores.
Agora, esse dado sobre água com relação à produção de cerveja é preocupante mesmo, mas o que podemos fazer? Cada um deve dar sua contribuição para a diminuição dos prejuízos à natureza. Como o casal citado acima. Eu procuro desligar o chuveiro enquanto me ensabôo (entre outras pequenas ações). Mas, só isso não vai adiantar. O exemplo teria que partir de cima. Os governantes teriam que colocar limites à exploração dos recursos naturais, mas sou pessimista com relação a isso. Não vão fazer. É muito difícil.
Aí entra uma questão moral.... cada um deve ter a sua. Se começarmos a educar as crianças, seriamente, sobre as questões ambientais talvez, um dia, quando essa geração assumir as rédeas, poderemos ter alguma mudança.
Se todos fizerem como meu cunhado Gabriel e minha irmã Flávia fazem com sua filha Eleonora de 5 anos pode haver uma esperança. Outro dia, ela acabou de comer uma maçã e jogou o resto no jardim. Sem eu falar nada, ela olhou pra mim e disse: "isso eu posso jogar, é lixo orgânico".
Há esperança sim....
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