17 outubro 2008

DuoFel

A simpatia do Luis (de óculos) contagiou todos nós.

Fui com o Marcelo assistir à apresentação do DuoFel no bar Ao Vivo, em Moema. Eles estão fazendo um trabalho meio que para se se divertir, tocando apenas Beatles. O pouco que conheço do trabalho deles dá para saber que são sérios, mais eruditos que populares, com vasta experiência em shows no exterior.

A casa é bem aconchegante, pequena, comporta até 100 pessoas. Encontrei com meu amigo Júlio lá, o famoso 'Joolyn', grande conhecedor de música e, especialmente, de Beatles. O clima é ótimo, todos próximos, mas sem aperto. Boa visão do palco, som excelente, serviço eficiente e preço justo. Mas, o melhor de tudo foi a apresentação da dupla. O Fel, vem de 'FErnando e Luis'.

Um pouco antes de começar a apresentação, o Luis estava andando pelas mesas e juntou-se a nós 3 para um rápido bate-papo. Muito gentil e falante, mostrou um carinho especial pelo Marcelo. Tirou fotos conosco e disse que tinha um irmão 'na linha do Marcelo'. Mesmo sem tê-los ouvido, já tinha ficado com uma boa impressão deles.

Mas, o melhor ainda estava por vir. A execução das músicas dos Beatles foi primorosa. Uma combinação perfeita de violões, viola e um outro de 4 cordas que não sei o nome. Suas versões mesclam lirismo e virtuosismo. Sentimento e energia. São 30 anos de carreira, eles são tecnicamente perfeitos.

Entre as músicas, eles contaram histórias, algumas muito marcantes. O Luis disse na introdução de 'In My Life' que ele tocava muito essa música na adolescência e que seu irmão, hoje falecido, cantava. E que ele faria aquela música com a alma. Foi um êxtase. A canção já é poderosa e a execução deles arrancou lágrimas da platéia.

Fernando contou de como ficou conhecendo os Beatles no sertão de Alagoas, ainda ouvindo uma Sonata. Fizeram até uma analogia de algumas canções deles com a música sertaneja.

Uma das histórias mais curiosas diz que o Egberto Gismonti falava que os Beatles eram meros copiadores do Quarteto Novo, que era composto por Heraldo Do Monte, Airto Moreira, Hermeto Pascoal e Téo de Barros. Segundo Luis, os Beatles adaptaram o toque da viola de Heraldo para o violão de 12 cordas. Que viagem...

A idéia deles era fazer uma apresentação mais próxima do público, sentir a energia das pessoas mais de perto. Uma coisa mais relaxada e agradável. A troca era evidente. Todos na casa sentiram a força que emanava do palco e eles puderam receber a emoção que a platéia transmitia.

E o Luis ainda fez uma homenagem ao Marcelinho, dedicando a música 'Eleanor Rigby' para ele. Fez uma introdução longa, contando sobre seu irmão, os Beatles, a alma das pessoas e ainda acabou citando o Marcelo várias vezes. Não preciso nem dizer a emoção que tomou conta do 'papai' aqui....

Nunca vi nada igual. Inesquecível!!!!

4 comentários:

  1. Fantástico e emocionante, meu irmão! Parabéns pela força de seu blog. Lu

    ResponderExcluir
  2. Se estivesse em Sampa, estaria com vocês lá! Que demais!

    ResponderExcluir
  3. Hermano Adriano,

    Realmente na noite de terça nós tivemos o privilégio de ouvir em arranjos fantásticos, a música genial dos Beatles, por dois músicos mais que extraordinários, Luís Bueno e Fernando Melo, que com técnica e sensibilidade, transformaram um simples pocket show em um grande e único momento.
    Eu só tenho a agradecer pelo seu convite e dica.

    Longa vida à música dos Beatles, ao Duofel e a nós todos.

    Beijão no Marcelinho.

    Abraços,
    Julio

    ResponderExcluir